O vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Hermínio Loureiro criticou hoje o presidente da Liga por ter abandonado a reunião em que foi "chumbado" o alargamento alegando que não pactuava com agendas escondidas.
Hermínio Loureiro disse à Lusa que todos os sócios ordinários foram convocados para a reunião de quinta-feira e que, além do ponto referente às dívidas dos clubes no âmbito do chamado Totonegócio, estava prevista a análise de outros assuntos.
«Seria, de resto, incompreensível que numa reunião onde estão os sócios ordinários da FPF não se falasse no alargamento», referiu Hermínio Loureiro, contestando a posição do atual presidente da Liga, que abandonou as instalações da federação antes do início da reunião.
Mário Figueiredo alegou, para justificar a sua ausência, que não pactuava com agendas escondidas, numa alusão à discussão sobre o alargamento de 16 para 18 clubes aprovada em Assembleia Geral da Liga. Hoje, lamentou que o assunto não fosse discutido no recato dos gabinetes.
A este propósito, Hermínio Loureiro disse que, «numa reunião a 24 de janeiro, na qual o Dr. Mário Figueiredo esteve presente, a questão foi analisada e houve uma posição consensual da direção eleita contrária à proposta de alargamento», sublinhando o vice-presidente da FPF que, «desde então, não houve qualquer manifestação pública sobre a matéria».
O dirigente fez, ainda, um apelo ao «bom senso, ponderação e equilíbrio» dos dirigentes nas ações que desenvolvem em prol do futebol, que «é fraco dividido e forte unido», razão pela qual todos devem pugnar por «um futebol forte».
Por outro lado, Hermínio Loureiro qualificou como «histórico» o pré-acordo alcançado no sentido de a FPF assumir parte das dívidas dos clubes ao Estado no âmbito do Totonegócio, no valor de 13 milhões de euros, e considerou que o futebol «passa a ter mais credibilidade».
O ex-presidente da Liga lembrou que o pré-acordo «vem resolver definitivamente um problema que ser arrasta há anos» e que torna o futebol «mais credor de respeito», podendo «exigir mais às autoridades por se colocar numa posição de cumprimento».
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