A edição 2021/22 da I Liga tem início em 06 de agosto, com a receção do campeão Sporting ao recém-promovido Vizela.
Dos 18 clubes que vão disputar a I Liga 2021/22, seis deles têm estádios no distrito de Braga, ou seja, na região minhota. Aos repetentes [da época passada] Gil Vicente, SC Braga, Famalicão, V. Guimarães e Moreirense junta-se agora o Vizela, segundo classificado da II Liga 2020/21. De acordo com o Jornal Económico, estes seis plantéis valem mais de 250 milhões de euros.
Recém-promovido à elite do futebol nacional, o Vizela está a substituir o relvado do seu estádio e, face à incapacidade de concluir o processo a tempo do encontro com o Tondela, agendado provisoriamente para 14 de agosto, solicitou a cedência do recinto do Paços de Ferreira na segunda jornada, aquando a receção dos beirões.
Apesar de atravessar um período pandémico, devido à COVID-19, a região poderá beneficiar do impacto turístico, principalmente em jogos de receção dos 'três grandes' do futebol português. A restauração é das áreas mais beneficiadas, mas alojamentos e transportes também veem as suas receitas aumentarem em dias de jogos.
A nova temporada de futebol vai ter público nos estádios, deixando para trás 17 meses de jogos silenciosos, ensaios avulsos e polémicas entre clubes, organismos e autoridades.
Numa primeira fase, o futebol profissional pode preencher até 33% da lotação, mas os titulares de bilhete só podem entrar com teste negativo, PCR até 72 horas do jogo ou antigénio até 48 horas, ou certificado digital COVID-19, que ateste vacinação completa.
Segue-se a região de Lisboa, com quatro clubes: Benfica, Estoril-Praia [nova entrada], Belenenses SAD e Sporting.
O Belenenses SAD vai disputar os seus três primeiros jogos caseiros na I Liga de futebol no Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. A equipa lisboeta solicitou à LPFP a “alteração temporária” para o reduto leiriense, “em virtude da conclusão do relvado” do Estádio Nacional, em Oeiras, afetando as receções a Marítimo (segunda jornada), Moreirense (quarta) e Gil Vicente (sexta).
Recorde-se que os ‘azuis’ jogam as suas partidas caseiras no Estádio Nacional, em Oeiras, desde o início da temporada 2018/19, quando o protocolo de utilização do Estádio do Restelo pela SAD terminou e esta mudou a equipa profissional para o recinto do complexo do Jamor.
O Estoril-Praia, cuja última participação na I Liga tinha sido na época 2017/18, está assim de volta entre os grandes clubes do futebol português.
A terceira região que coloca mais clubes na I Liga é o Porto: FC Porto, Boavista e Paços de Ferreira. Na temporada passada, a região perdeu o Rio Ave (16.º classificado da I Liga) para a II Liga, depois da disputa do play-off com o Arouca (3.ª classificado da II Liga).
O Arouca também está de regresso à divisão principal, quatro anos depois da sua última participação, sendo este o único representante da Beira Litoral.
Portimonense (Algarve), Tondela (Beira Alta), Marítimo (Madeira) e Santa Clara (Açores) carregam também com eles a bandeira das suas províncias.
E em capacidade de estádios, quem vence?
Quando falamos em impacto turístico para uma região ou província temos de olhar para o número de espetadores que cada estádio acolhe, uma vez que isso traduz-se em mais receitas, seja em bilhetes, refeições ou pernoitadas.
A região com mais clubes na I Liga conta com seis estádios cuja capacidade total é de 90.243: Gil Vicente (12.504), SC Braga (30.286), Famalicão (5.300), V. Guimarães (30.000), Moreirense (6.153) e Vizela (6.000). Com as atuais regras impostas pela DGS, a capacidade total não ultrapassará os 30 mil espetadores no total dos seis recintos.
Apesar de colocar menos clubes na I Liga, a região de Lisboa é que coloca mais gente a ver futebol nos estádios, fruto disso é a grande capacidade da Luz (64.647) e Alvalade (50.095). No total, e juntamente com Estoril (8015), Belenenses SAD (37 593 no Jamor), a região de Lisboa pode juntar até 160.350 pessoas a assistirem uma partida de futebol, ou pouco menos de 53 mil com as novas regras.
Mesmo com três estádios, Dragão (50.033), Bessa (28.263), Capital do Móvel (9 076), a região do Porto consegue quase igualar o Minho, com 87.372 espetadores no total (28.832 na era COVID-19).
As regiões/províncias que têm apenas a representação de um clube - Arouca (5.600), Portimonense (5.950), Tondela (5.000), Marítimo (10.600), Santa Clara (12.500) - conseguem colocar no total 39.650 adeptos espalhados do centro às ilhas, sendo que serão pouco mais de 13 mil em cinco estádios a partir desta sexta-feira.
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