Com 9 golos em 10 jornadas, o colombiano Jackson Martinez é, a par do sadino Meyong, o máximo goleador da Liga. Depois da passagem meteórica de Radamel Falcao por Portugal, ser colombiano e ponta de lança começa a ser sinónimo de sucesso no FC Porto.
Os dragões apostaram forte num jogador com 25 anos (1,84m e 75kg), ao pagarem cerca de oito milhões de euros, contrariando assim a política de investimento para rentabilizar a médio prazo. Jackson veio para render de imediato. Dito e feito.
No primeiro jogo com a camisola azul e branca, Jackson deu logo um título ao clube. Na Supertaça decidida frente à Académica, o colombiano esteve algo escondido durante grande parte do jogo, mas disse presente no último minuto, ao cabecear para o único golo da partida. Estava dado o mote para um grande arranque no seu novo clube.
Conhecido como “Cha-cha-cha”, o goleador portista é uma das faces mais visíveis da imaculada campanha dos bicampeões nacionais, a única equipa ainda invicta na Europa. Com o compatriota James Rodriguez como assistente de luxo, Jackson tem impressionado pela sua regularidade e capacidade para juntar a eficácia à arte. Provas disso são o golo de calcanhar ao Sporting, o pontapé de bicicleta que abriu caminho à vitória sobre o Beira-Mar ou o ‘penalty à Panenka’ que fechou a goleada ao V. Guimarães.
O FC Porto descobriu Jackson Martinez nos mexicanos do Jaguares de Chiapas, em mais uma demonstração de astúcia do departamento de prospeção dos dragões. E o próprio técnico Vítor Pereira fez questão de enfatizar o elogio, revelando que o jogador já era seguido há dois anos, quando ainda nem tinha “explodido” no campeonato mexicano.
O avançado soma 885 minutos no campeonato, tendo sido sempre titular e substituído apenas uma vez, no jogo com o Beira-Mar. A assiduidade do colombiano mede-se ainda pelos jogos consecutivos… sem marcar. Jackson quebrou com o Braga o seu maior ‘jejum’, que não foi além de três encontros sem golos, dos quais dois eram referentes à Champions.
Apresentando uma média de 0,9 golos por jogo neste primeiro terço do campeonato, Jackson Martinez assumiu o lugar que foi deixado vago há um ano por Falcao e que nem Walter, Janko ou Kléber conseguiram ocupar. Hulk foi chegando para as necessidades portistas em 2011/12, mas esta época o FC Porto volta a ter um goleador que traduz ao mais alto nível o futebol coletivo, competitivo e adulto da equipa. Por isso, as vitórias dos dragões surgem naturalmente. Ao ritmo do ‘Cha-cha-cha’.
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