Jackson Martínez, avançado do FC Porto, confessou ter vivido uma experiência que o marcou de forma negativa no aeroporto de Madrid-Barajas, onde foi vítima de racismo, algo contra o qual "luta" dentro dos relvados.
"Tive uma experiência bastante desagradável. Graças a Deus que não me deixei levar pelo sentimento que uma situação destas pode causar. Estava no aeroporto de Madrid-Barajas, a preparar-me para passar no controlo e peguei numa bandeja vazia. Na altura em que estava a olhar para o lado, um senhor que estava à minha frente colocou o telemóvel e o cinto na minha bandeja sem que eu tivesse dado conta. Então, quando fui colocar lá as minhas coisas, ele agarrou no telemóvel e disse 'esta é minha', mas de uma forma mal-educada. O senhor da segurança explicou que não havia problema em partilharmos a bandeja, ao que o tipo respondeu: 'Eu não partilho nada com negros', disse a olhar para mim" afirmou o colombiano em entrevista à publicação Bocas.
O atual melhor marcador da primeira liga portuguesa resistiu e não respondeu da mesma moeda.
"Naquele momento fiquei... Mas pensei que não devia responder da mesma forma. Acredito que Deus me deu um autocontrole que noutra altura não tinha tido", atirou depois.
O futebolista explicou ainda que a razão de ter uma técnica tão apurada passou pelos treinos que fez no seu primeiro clube no seu país de origem: treinar com bolas de ténis.
"Quando era criança, comecei a treinar com uma bola de ténis. Depois, quando quando fui para Medellín [aos 12 anos], tive um treinador, Marco Velázquez, que trabalhava a técnica precisamente com bolas de ténis. O que ele não sabia é que eu já treinava em casa, desde novo. Dessa forma, estava sempre à frente dos meus companheiros naqueles exercícios".
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