Jorge Jesus concedeu uma entrevista à SIC Notícias onde falou de vários temas, entre eles a polémica com o Benfica e Rui Vitória, os seus métodos, e o sonho da seleção.
O técnico do Sporting diz-se obcecado pelo jogo e pela componente tática, daí estar constantemente a corrigir posições em campo. Para tal, é preciso estar em boa forma física.
"Procuro estar em forma. Hoje já corri cerca de 45 minutos, o treino acaba e vou-me treinar. Os jogos implicam um desgaste enorme, fico extremamente cansado e com dores de cabeça. Por vezes os meus filhos estão à minha espera, falam comigo e nem me apercebo que são eles. Tem que ver como a forma como participo no jogo, apercebo-me com muita facilidade daquilo que vai acontecer", começou por dizer, antes de explicar porque é que grita tantas vezes com os jogadores no campo.
"Não podia ser de outra forma. `Ó Slimani, por favor, não te importas, estás mal colocado´... Isso não existe. O futebol tem uma linguagem própria e um momento certo", justificou.
O técnico leonino falou ainda da sua preocupação com os relvados, ele que dá muita prioridade a um futebol mais técnico.
"Peço aos técnicos para não passarem do pente 21. Se calhar, para a maior parte dos treinadores isto é chinês. Se faz diferença nos resultado? Faz. Há ritmos de jogo diferentes e formas de jogar diferentes. Nos clubes com poucos recursos humanos estamos sempre em contacto com os homens da relva, eles vão-nos ensinando e vamos percebendo cada vez melhor as coisas", atirou.
Instado a comentar se estaria disposto a assumir o comando técnico de uma seleção no futuro, o treinador diz que, neste momento, precisa da adrenalina dos treinos diários. Mas não pode de lado um dia orientar uma seleção.
"Não sei. Daqui a dez anos, talvez. Neste momento preciso do trabalho diário, não consigo viver sem estar no campo", afirmou, na entrevista a SIC Notícias.
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