O Casa Pia obteve o seu melhor registo pontual de sempre na I Liga portuguesa de futebol, concluindo uma temporada pautada pela estabilidade de João Pereira no comando técnico no nono lugar, com 45 pontos.

Novamente a jogar em reduto ‘emprestado’, no Estádio Municipal de Rio Maior, os casapianos conseguiram efetuar uma época histórica, tendo terminado mais uma vez nos postos intermédios da tabela e sem estar envolvido em lutas até à última.

Pelo terceiro ano consecutivo na I Liga, o Casa Pia conseguiu na primeira época um 10.º lugar, com 41 pontos, e um nono, com 38, na temporada anterior, alcançando agora a melhor pontuação – na última ronda, podia ter chegado a inédito sétimo posto.

Para isso, muito contribuiu a aposta no jovem treinador João Pereira, de apenas 33 anos e que tinha acabado de se sagrar campeão da Liga 3 pelo Alverca, sendo um dos únicos quatro ‘sobreviventes’ em toda a I Liga.

O início da temporada nem foi muito auspicioso, com três derrotas consecutivas a abrir, que levantaram dúvidas, mas os ‘gansos’ rapidamente entraram nos eixos e afastaram-se cedo das zonas perigosas da classificação, ‘cheirando’ até a Europa.

O melhor momento no campeonato aconteceu entre a 13.ª e a 19.ª jornadas, com cinco vitórias – entre elas um 2-1 ao Sporting de Braga e um 3-1 ao Benfica - e dois empates, que ‘catapultaram’ a equipa até ao sexto lugar, a apenas dois do quinto.

No entanto, uma nova série de três derrotas seguidas, entre a 24.ª e a 26.ª rondas, afastou essa possibilidade e o Casa Pia ‘agarrou-se’ ao melhor registo histórico até ao final da época, tendo voltado a derrotar os bracarenses, por idêntico resultado.

O avançado brasileiro Cassiano foi o melhor marcador, com 10 golos, num plantel em que se destacaram igualmente o guarda-redes costa-riquenho Patrick Sequeira, o central João Goulart e os alas Larrazabal e Leonardo Lelo, que rumará até Braga.

Nota ainda de destaque para a muita experiência do internacional português José Fonte no centro da defesa, aos 41 anos, e a importância do extremo Nuno Moreira até fevereiro, quando foi vendido aos brasileiros do Vasco da Gama.

O mercado de inverno foi lucrativo para o Casa Pia, que, além de Nuno Moreira, viu sair o venezuelano Telasco Segovia, para os norte-americanos do Inter Miami, e o angolano Beni Mukendi, para o Vitória de Guimarães, somando relevantes verbas.