Octávio Machado não confirma nem nega que o Sporting tenha oferecido incentivos ao Vitória de Guimarães e Marítimo para vencerem o Benfica. O diretor para o futebol do Sporting convocou uma conferência de imprensa na Academia do clube em Alcochete para denunciar o que considera serem tentativas de coação do rival Benfica.
Questionado sobre o tão falado ´jogo da mala`, Octávio não se quis alongar e afirmou que só responderia se lhe fossem mostraados os tais sms´s que Jesus terá enviado aos jogadores do Benfica antes da Supertaça de Portugal.
"Foi o senhor que levantou a situação da mala? Não lhe vou responder enquanto ele não mostrar os SMS's. Não vou responder. Falam em 600 mil. Devem estar a confundir com os 600 milhões do BES. Mas isso são problemas de outros que têm de resolver. Não vamos contribuir para o ruído do coro angelical de S. Gabriel. O João Gabriel pode dizer o que quiser mas para mim não tem credibilidade nenhuma. Tem que mostrar as SMS's. Enquanto não mostrar não tem credibilidade", atirou. Recorde-se que foram Pedro Guerra e João Gabriel quem denunciaram alegadas ofertas do Sporting aos adversários do Benfica para estes derrotarem as águias.
O dirigente voltou a defender que o Sporting é a melhor equipa da Liga e que, como tal, merece ser campeão.
"Hoje, claramente, ninguém tem dúvidas de que o Sporting é a melhor equipa. Ponto. Até o senhor Pinto da Costa admitiu isto. Temos a melhor equipa, a que joga mais, a que respeita mais. A nossa equipa empatou com o Tondela e nós não dissemos nada. O Vitória de Guimarães não pode querer ganhar? Então? Estamos focados nestas duas últimas jornadas. Fomos afastados da Liga dos Campeões como fomos e da Taça de Portugal como fomos", comentou.
Questionado se as declarações de Bruno de Carvalho nas redes sociais não fariam também parte clima de contestação que existe no futebol português, Octávio respondeu que o presidente do Sporting diz aquilo que lhe apetece.
"O senhor presidente do Sporting toma as decisões que quiser", apontou o dirigente, mostrando-se disponível para ajudar a credibilizar o futebol português.
"Desde que introduziram para o futebol a comunicação da política, que é desacreditar, desacreditar, estão a destruir a credibilidade desta indústria. E depois dizem que são inocentes. Falar de arbitragem não desacredita o futebol. É isto que se faz agora que se coloca em causa os treinadores, os jogadores. Esta comunicação não faz falta no futebol. Para isto não vamos contribuir. Se querem falar de novas tecnologias vamos contribuir", atirou.
*Artigo corrigido (A conferência de imprensa foi em Alcochete e não em Alvalade, como anteriormente referido no artigo).
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