Sousa Cintra deslocou-se na manhã desta sexta-feira ao Tribunal de Monsanto para prestar depoimento no âmbito do julgamento da invasão à Academia de Alcochete. Um depoimento que durou cerca de dez minutos.
O antigo dirigente leonino, que à entrada já tinha referido que tinha ficado surpreendido com a sua chamada a tribunal. "Fiquei surpreendido por ter sido notificado. Não sei o que venho aqui fazer, sou testemunha de uma pessoa que não conheço. É uma perda de tempo, mas temos de cumprir as ordens", referiu.
Em tribunal, Sousa Cintra foi questionado sobre a sua opinião sobre as claques. "A minha relação com as claques sempre foi boa. Quando assumi a função de presidente da SAD tivemos uma reunião com todas elas claques e conversámos, dissemos que precisávamos da sua ajuda para que tudo corresse bem. Não tivemos nenhum problema", salientou.
Sousa Cintra, que presidiu o Sporting no início da década de 1990, antes de assumir a liderança da SAD na transição entre Bruno de Carvalho e Frederico Varandas, destacou a importância do diálogo, quando questionado sobre se nos tempos em que comandou o clube também existiram momentos de tensão com os adeptos. "O diálogo era sempre importante. A liberdade tem de estar sempre acompanhada pela responsabilidade. Na Comissão de Gestão, quando passei a pasta ao presidente que foi eleito, tudo estava bem com as claques", frisou.
Questionado sobre o advogado de Bruno de Carvalho, Miguel Fonseca, sobre as alterações de segurança que implementou na Academia enquanto liderou a Comissão de Gestão, Sousa Cintra explicou que foi dada maior atenção a esse aspeto. "Não fiz nada de especial. Passou a haver mais atenção para o que se estava a passar. O que aconteceu não podia voltar a acontecer", sublinhou.
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