O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, admitiu hoje que a equipa, 11.ª classificada da I Liga portuguesa de futebol, vai ficar aquém do objetivo europeu planeado para a época, embora deposite "esperanças" na próxima época.
Um dia depois de os vimaranenses terem perdido por 2-0 frente ao Rio Ave e ficado a 10 pontos do sexto lugar, último de acesso às competições europeias, com cinco jogos por disputar, o dirigente admitiu que a meta traçada para a época ficou comprometida.
"Temos a convicção de que os nossos objetivos estão prejudicados depois dos últimos resultados e do resultado de segunda-feira", afirmou, à margem da apresentação da empresa de equipamento desportivo Macron como patrocinadora técnica do clube até à época 2020/21, que contou com a presença do diretor da empresa, Gianluca Pavanello.
O responsável disse esperar que o clube minhoto continue a ser, nos encontros que restam, "igual a si próprio" e a "dignificar a sua história", tendo destacado que o futebol é um fenómeno cíclico e que há uma perspetiva otimista para a próxima época.
"Há anos em que conseguimos atingir o sucesso que conseguimos, outros menos conseguidos. Isso faz parte do ciclo que se reinicia a cada ano. Há a esperança de termos uma época que nos possa trazer alegrias e que nos seja capaz de proporcionar os objetivos", adiantou, garantindo uma renovação das "ambições" para 2016/17.
Júlio Mendes reconheceu ainda que o mau início de época "refletiu-se no grupo de trabalho", apesar de ter recusado indefinição no seio do clube ao longo do ano face aos objetivos, depois de Sérgio Conceição ter comentado após o jogo com o Rio Ave que o principal objetivo quando chegou ao clube era a manutenção.
"As pessoas inteligentes vão afinando os objetivos ao longo do que vai acontecendo. Se o Sérgio Conceição tinha a perceção de que as coisas podiam correr mal, eu não sou capaz de dizer que ele estará errado. Entretanto, fizemos as mudanças que tínhamos de fazer e voltámos a entrar no caminho de que tínhamos descarrilado", esclareceu.
O presidente vitoriano avançou ainda que o processo de renovação com Sérgio Conceição "não está concluído" e, instado a comentar as declarações do técnico na segunda-feira sobre a falta de peso institucional do Vitória junto da arbitragem, disse não querer acreditar na influência que isso possa ter nos resultados.
"Muito triste ficarei se o futebol depender do peso institucional que cada clube tem junto da arbitragem. Não quero acreditar nisso. Acredito que as pessoas possam não ser tão competentes como gostaríamos, mas mais do que isso não quero imaginar", afirmou.
A parceria entre o clube vimaranense e a empresa de Bolonha contempla um acordo de válido para as próximas cinco épocas), contemplando o fornecimento do equipamento para os dias de jogos e treinos para o futebol e restantes modalidades do clube. O Vitória passa a ser o segundo clube que equipado pela Macron em Portugal, depois do Sporting.
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