O presidente do Vitória de Guimarães, 11.º classificado da I Liga portuguesa de futebol, confirmou este sábado que a direção que lidera investiu 13 milhões de euros em jogadores, durante este ano, em entrevista à rádio Santiago, de Guimarães.
O dirigente revelou que o Vitória fez o "maior investimento" da sua "história", ao utilizar a verba para aumentar as percentagens dos passes do lateral-esquerdo Konan e do extremo Raphinha e para alguns dos reforços para esta época, entre os quais o defesa Victor Garcia, os médios Wakaso, Celis e Hurtado e os avançados Rincón e Estupiñán.
O responsável adiantou igualmente que os vimaranenses não estão exclusivamente preocupados em vender, tendo arrecadado, até agora, em 2017, 8,25 milhões de euros com as vendas de João Pedro (LA Galaxy, dos Estados Unidos), de Soares (FC Porto), de Bruno Gaspar (Fiorentina, de Itália), Josué (Anderlecht, da Bélgica) e Zungu (Amiens, de França).
"Se vendessemos Konan, Raphinha e Miguel Silva, tínhamos mais dezenas de milhões de euros nos cofres do Vitória, mas não o fizemos. Está provado que investimos mais do que vendemos. Investimos em compras de ativos 13 milhões e tivemos um resultado de pouco mais de 8,25 milhões", resumiu.
O mercado de transferências de 'verão' encerrou na quinta-feira, com o Vitória a vender, nesse dia, Josué e Zungu e a não garantir nenhum reforço para a formação principal - inscreveu Nuno Gonçalves e Marcílio para a equipa B -, apesar de ter tentado a contratação ao Paços de Ferreira do avançado Welthon, numa negociação que falhou.
"Fizemos uma proposta no limite do razoável para continuarmos a ter uma gestão rigorosa, que valia, do ponto de vista económico, mais de cinco milhões de euros pelo Welthon. Não vou dizer quanto é que o Paços ia receber. O Paços não quis vender. Entendeu que não podia prescindir desportivamente do jogador", disse Júlio Mendes.
O responsável vimaranense confirmou ainda o interesse em contratar Abdoulaye, central que assinou por quatro épocas com o Rayo Vallecano, da II Liga espanhola, e esclareceu as razões das saídas de última hora: Josué precisava de sair depois de épocas a tentar dar o "salto" para um "patamar salarial superior" e Zungu foi vendido, porque partia para o último ano de contrato e decidiu não renovar.
O dirigente assumiu que o Vitória de Guimarães pretende acabar novamente o campeonato na quarta posição, dispondo, a seu ver, de uma das "equipas de maior qualidade dos últimos tempos", composta por jogadores "internacionais" nas suas seleções, e "fazer o melhor" na Liga Europa "dentro dos seus recursos".
Júlio Mendes disse ainda que o clube detém atualmente um passivo em torno dos 8,5 milhões de euros, encontrando-se praticamente "saneado" em termos financeiros, apesar de, época após época, precisar de obter quatro milhões de euros em vendas, visto ter despesas anuais de 11,5 milhões de euros e 7,5 milhões de receitas.
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