O Sporting venceu esta sexta-feira o Estoril por 0-3, em jogo que deu início à sétima jornada da Primeira Liga. Catamo, Morita e Daniel Bragança fizeram os golos da vitória dos leões, a sétima em sete jornadas, um registo que os campeões nacionais não conseguiam desde a temporada 1990/91, e que ultrapassa o alcançado por Jorge Jesus em 2017/2018.
Recordes à parte, os comandados de Rúben Amorim seguem invictos na liderança do campeonato, agora com 21 pontos, após um jogo onde foi conseguindo gerir a vantagem obtida, isto apesar da tentativa de reação da formação canarinha, especialmente na segunda parte.
A paciência é uma virtude
Ambos os técnicos fizeram três alterações no seu onze inicial, comparativamente às últimas partidas disputadas. Ian Cathro não pode contar com Xeka e João Carvalho, ambos devido a lesão, e deixou Lacximicant no banco de suplentes. Para estes lugares entraram Orellana, Fabrício e Alejandro Marqués.
Do lado dos leões, Amorim deixou Quenda pela primeira vez de fora do onze inicial esta época; ao ala dos leões juntou-se a Daniel Bragança e Conrad Harder no banco de suplentes. Os três foram substituídos por Geny Catamo, Morita e Maxi Araújo, com o uruguaio a fazer a sua estreia enquanto titular.
Como seria de esperar, o Sporting tomou conta das operações desde o apito inicial, perante um Estoril compacto, que privilegiava a cobertura da zona central para tapar Morita e Hjulmand. Perante este cenário, os leões canalizavam o seu jogo pelos corredores, especialmente pela esquerda, beneficiando das subidas de Matheus Reis para tentar criar desiquilíbrios.
E foi por aí que a equipa de Rúben Amorim criou a sua primeira oportunidade, com Morita a falhar o golo por centímetros, pouco depois foi Trincão a surgir na área mas a cabecear um pouco por cima. Os campeões nacionais iam mostrando paciência, e acabaram por ser recompensados aos minutos; Matheus Reis descobriu Catamo sozinho na direita, e o moçambicano, na cara de Robles, inaugurou o marcador com facilidade.
O mais difícil estava feito mas, como tem vindo a ser habitual, tal não impediu os verdes e brancos de continuar a carregar, de tal forma que acabaram por chegar ao segundo golo pouco depois; Trincão entra pela direita e cruza atrasado, onde surge Morita a empurrar para o 0-2.
A primeira parte não iria terminar sem que Trincão tentasse o seu golo de assinatura, mas o arco do remate acabou por esbarrar no poste.
Gerir e decidir
Para a segunda parte, Ian Cathro trocou Orellana por Holsgrove, para tentar estancar os ataques do Sporting pela direita. A equipa da Linha apareceu um pouco mais subida no terreno, tendo agora mais bola, e conseguindo chegar junto da baliza de Israel; aos 56 minutos, um cruzamento de Marqués apenas não deu em golo, porque Matheus Reis tirou o pão da boca a Pedro Amaral.
Em resposta, Rúben Amorim fez entrar Inácio, Bragança e Harder para os lugares de Matheus Reis, Hjulmand e Maxi, por forma a reconquistar controlo do jogo. Mas a verdade é que o jogo teve momentos em que esteve mais partido, algo que não agradava nada a Amorim no banco.
Neste âmbito, Cathro refrescou a frente de ataque com as entradas de Salazar e Laximicant, Amorim respondeu substituindo Gyokeres por Quenda. Os leões conseguiram acalmar a partida, e voltar a ocupar o meio-campo adversário, criando ainda algumas oportunidades para aumentar a vantagem, acabando por fechar o marcador já no período de compensação, graças a um remate forte de Daniel Bragança de fora da área.
Com esta vitória, o Sporting mantém o registo 100% vitorioso no campeonato, agora com 21 pontos, aumentando, ainda que provisoriamente, a vantagem sobre os mais diretos rivais.
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