“Tudo o que pode correr mal, correrá mal”. Em traços largos, assim reza a popular Lei de Murphy, a máxima que o engenheiro aeroespacial norte-americano Edward A. Murphy um dia proclamou e que estaria longe de imaginar que até ao futebol se poderia aplicar. E na verdade, este FC Porto atual parece ser a prova viva e indiscutível disso.
Pinto da Costa anunciara que o FC Porto tinha batido “no fundo” com a derrota com o Tondela, mas em Paços de Ferreira a equipa de José Peseiro deu um novo fundo - ainda mais profundo - ao fundo onde supostamente batera. No fundo, esta é já a pior época da presente década para o FC Porto, numa fase em que faltam ainda cinco jornadas para o fim.
Os dragões mudaram o ataque neste domingo, apostando em Varela e Suk nos lugares habitualmente ocupados por Brahimi e Aboubakar. Porém, mudar os atores não mudou o argumento e o clube azul e branco ficou pelo segundo jogo seguido… em branco.
Se na primeira parte o FC Porto até tinha dominado e não tinha consentido grandes veleidades aos pacenses, o segundo tempo acabou por castigar os dragões. A qualidade exibicional já não era grande, mas perdeu cor e o Paços aproveitou para chegar ao triunfo a dez minutos do fim com o golo de Diogo Jota, o décimo do jovem pacense no campeonato.
Com o tempo a correr contra o relógio, André Silva – uma vez mais lançado às feras para tentar resolver um jogo – e Suk ainda tiveram o empate nos pés e na cabeça, respetivamente. Todavia, Defendi fez jus ao nome que carrega e defendeu tudo. Nem eficácia, nem sorte e nem uma alegada grande penalidade que poderá ter ficado por marcar, como reclamou José Peseiro após o desafio. Foi a sexta derrota do FC Porto na Liga e o regresso às vitórias do Paços na Mata Real quase três meses depois.
No melhor…
Diogo Jota – Começam a faltar adjetivos para a campanha do jovem de 19 anos na Liga. Apontou o seu décimo golo na prova e foi o grande mobilizador da crença pacense em conseguir um resultado positivo. Notável!
Defendi – O guardião brasileiro segurou tudo o que era possível e mostrou agilidade e concentração na fase de maior assédio portista. Passaram pelas suas mãos as chaves do triunfo sobre o FC Porto.
Corona – Estava a ser um dos melhores do FC Porto na Mata Real, mas já não voltou do balneário ao intervalo, devido a problemas físicos, de acordo com José Peseiro. Com a sua saída, o ataque portista não mais se encontrou.
E no pior...
Suk – É verdade que esteve perto do golo, mas parece ser um corpo estranho na dinâmica ofensiva. Raramente conseguiu ‘ligar-se’ com os colegas, foi alvo de várias chamadas de atenção do treinador e, pior, não mostrou uma eficácia superior a Aboubakar.
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