“Este valor de 250 milhões de euros é o número avançado pelos últimos dados estatísticos dos clubes europeus e seguradoras e reflecte o custo estimado para o tratamento e falta de produção do jogador”, explicou o clínico.
Dentro deste valor, cerca de 20 por cento, ou seja, 50 milhões de euros, são gastos em lesões musculares, um número que Henrique Jones acha possível reduzir.
“É necessário e possível desenvolver terapêuticas mais eficazes e potentes para que estas lesões musculares sejam superadas mais rapidamente. Isso significava uma melhoria clínica e uma consequente diminuição em termos económicos”, referiu, enfocando a “segurança” das decisões clínicas no processo: “Este objectivo de encurtar o número dias de paragem só pode ser feito com a certeza que o atleta recuperará totalmente nesse período”, salientou.
As lesões musculares mais frequentes são as que afectam a parte da coxa e dos gémeos. Estas lesões afectam também os tendões e o ligamento lateral interno do joelho, enquanto, de fora deste grupo, fica a lesão dos ligamentos cruzados do joelho, geralmente as que mais tempo de recuperação necessitam.
“Por exemplo numa lesão do ligamento cruzado anterior é necessário toda a prudência no tratamento e que só ao fim do sexto ou sétimo mês permite que o jogador regresse à competição”, alertou o médico da selecção nacional de futebol, que, nestes casos, sente as próprias seguradoras “mais cautelosas” com o intuito de evitar novo risco de lesão.
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