O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) considerou hoje o esperado anúncio de ‘pendurar do apito’ por parte de Pedro Proença como de “gestão de carreira” e espera que internacional português continue ligado ao futebol.
“Caso se concretize o final de carreira de Pedro Proença [o árbitro tem agendada uma conferência de imprensa para quinta-feira], espero que ele continue ligado não só à arbitragem como ao futebol em si, contribuindo para que seja melhor do que tem sido até hoje”, disse à agência Lusa José Fontelas Gomes.
O dirigente deseja ainda que tanto a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), como a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a própria APAF, “saibam aproveitar a mais valia que foi a carreia do Pedro Proença internamente e além-fronteiras”.
“Se realmente vier a acontecer esse anúncio, deve-se apenas à gestão de carreira que Pedro Proença entendeu fazer, perspetivando o que poderá fazer no futuro. Há momentos que não se podem perder. É a gestão de carreira dele e cada um entende fazê-la da melhor forma possível”, disse. Para o presidente da APAF, e embora defenda que o futuro da arbitragem esteja garantido não só no presente como no futuro, dificilmente o nível atingido por Pedro Proença poderá ser igualado.
“A carreira do Pedro Proença é de excelência. Fez tudo na vida da arbitragem, desde a final da Liga dos Campeões [2011/12], do Campeonato da Europa [2012], a melhor árbitro do mundo em 2012. Foi ainda distinguido com o prémio de árbitro do século pela FPF”, disse.
O dirigente reconhece que, face a este histórico na arbitragem, é difícil a um outro árbitro chegar a este patamar. Têm que trabalhar, ser profissionais naquilo que fazem, sempre com o objetivo de um dia chegar a um patamar de excelência”.
Embora Pedro Proença tenha uma carreira difícil de igualar, José Fontelas Gomes defende que em Portugal há árbitros que estão agora a surgir: “Estamos a trabalhar com árbitros mais novos que esperamos, não no imediato mas a médio prazo, venham a dar os seus frutos”.
“Temos árbitros como Jorge Sousa e Artur Soares Dias que ainda têm bastantes anos de arbitragem pela frente e que podem chegar a um lugar de destaque, como chegou o Pedro Proença. Sabemos que é difícil, pois a sua carreira é de excelência”, adiantou.
Pedro Proença Oliveira Alves Garcia, de 44 anos, natural de Lisboa, iniciou-se na arbitragem na época de 1988/89, tendo sido promovido à I categoria em 2000/01 e a internacional em 2003/04.
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