O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luís Guilherme, considera «grave» e «insólita» a situação que terá ocorrido com o árbitro Bruno Paixão, que terá recebido fotografias ao intervalo do jogo Sporting Braga-União Leiria.
A situação é revelada pelo jornal Record, que refere que, no intervalo do jogo (0-0), foram introduzidas por debaixo da porta do balneário da equipa de arbitragem chefiada por Bruno Paixão duas fotografias de momentos do jogo.
As duas fotografias em causa mostrariam lances ocorridos na primeira parte, que, na óptica bracarense, foram mal ajuizados.
«É uma situação grave, lamentável, que, naturalmente, irá ter agora o tratamento devido por parte do órgão competente, que é a comissão disciplinar e que tem o dever de tratar estas situações de acordo com a gravidade que ela tem», disse Luís Guilherme, em declarações à agência Lusa.
Luís Guilherme revelou já ter falado com Bruno Paixão e que o estado de espírito do árbitro de Setúbal «é bom».
«O que fez foi o que normalmente teria de fazer qualquer árbitro, mencionar os factos de forma detalhada. Foi isso que ele fez, é o que lhe compete a ele», referiu o dirigente.
Para Luís Guilherme, o que a APAF pretende é «os órgãos disciplinares (a CD da Liga) não se demitam de aplicar as sanções que estão previstas nos regulamentos» e que dêem sinais de confiança em todas estas ocorrências.
«Há duas condições que têm que se verificar: que os órgãos actuem e com celeridade. Se não for dada essa imagem para o exterior, as pessoas depois não acreditam na verdadeira justiça desportiva», justificou.
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