Rui Águas lembrou que é essencial a comunicação entre os treinadores dos vários escalões de formação e o técnico da equipa principal e explicou que durante algum tempo essa não foi uma realidade vivida no Benfica.
«Estive várias épocas no Benfica e a minha atividade [scouting] prendia-se muitas vezes com os treinadores e percebia por vezes que não havia comunicação entre os treinadores dos escalões de formação e o principal. Dependendo dos treinadores, assim a comunicação foi mais efetiva. Por exemplo, com Camacho era muito difícil a comunicação entre treinadores, não existia praticamente», explicou o ex-jogador de futebol.
Agora, na era Jorge Jesus, «percebe-se que há mais jogadores juniores», mas não se quis alongar numa realidade que já não conhece por «já não fazer parte da estrutura»
Rui Águas foi convidado a intervir no painel 2 sob o tema “Para quê formação de jovens sem rampa de lançamento para seniores?” e, na sua opinião, é necessário que quem entra com o capital nos clubes se faça acompanhar de quem esteve no futebol.
«A par dos investidores não desportivos, e há muita gente que ainda não foi por ai, é fundamental que haja gente com sensibilidade e vivência desportiva, de forma a serem assessores capazes. Para traçar uma filosofia é preciso ser do meio. Assim como eu naos sei fazer prédios, o inverso também será verdade», frisou.
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