A condenação foi confirmada à Lusa pelo ex-capitão navalista, hoje ao serviço do Pampilhosa, que adiantou que segundo a notificação, o clube foi ainda condenado ao pagamento de todas as custas do processo.

O litígio entre Naval e Fernando tinha já um episódio anterior, uma vez que o jogador rescindiu unilateralmente o seu vínculo com o clube alegando justa causa, facto contestado pela Naval, que viu a CP dar-lhe razão.

Entretanto, o jogador instaurou novo processo ao clube alegando vencimentos não liquidados, bem como acertos contratuais em dívida, tendo sido notificado hoje da decisão da CP, que condenou o clube ao pagamento de cerca de 140 mil euros, montante considerado em dívida, a que devem ser acrescidos os respectivos juros.

"Fiz tudo para que pudéssemos chegar a um entendimento, só decidi levar o caso a tribunal porque alguém da Naval me expulsou da sede e quase me insultou, pelo que, outra alternativa não tive senão accionar o clube judicialmente", disse Fernando.

"Não quiseram cumprir o contrato comigo. Tudo bem, ninguém deseja estar onde não é desejado, porém, antes de me dispensarem tinham obrigação de liquidar os débitos existentes para comigo", frisou.

Contactado pela Lusa, o Departamento Jurídico da Naval confirmou a recepção da notificação da Comissão Paritária, que, todavia, ainda não foi analisada.