"Ainda estou a estudar o acórdão, mas posso garantir desde já que a Naval vai recorrer da decisão", disse o jurista, em declarações à Lusa.
Segundo o comunicado da CD da Liga, o clube da Figueira da Foz foi sancionado por "ter prestado dolosamente falsas informações através dos seus representantes legais à Liga em matéria de cumprimento salarial".
A Naval 1.º de Maio declarou que não tinha dívidas salariais a jogadores e treinadores, mas, de acordo com o mesmo documento, o clube "sabia que, à data de 24 de Maio de 2009 e em referência à época desportiva 2008/2009, não tinha pago a um dos seus jogadores a prestação salarial referente ao mês de Abril de 2009".
"Vamos recorrer e contestar a decisão por vários motivos, porém, a principal, posso revelá-la desde já: O Instrutor do processo dá como facto provado a existência de um acordo entre o clube e jogador para liquidação do mês de Abril e Maio. Agora vem punir o clube porque o acordo não tem carimbo de reconhecimento presencial", afirmou.
O jurista acrescentou: "Afinal, o acordo entre as partes existe. Onde está a má fé ou o dolo?". Nuno Mateus não quis adiantar mais pormenores sobre o processo, todavia admitiu a "emissão de um comunicado", já que esta situação, no entender do clube que representa, "carece de melhores esclarecimentos".
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