Concentração, personalidade e eficácia. Assim se definiu a grande noite do Sporting perante um FC Porto que parece nunca ter entrado em campo.
De facto, a equipa de Carlos Carvalhal não perdeu o ritmo conquistado com a vitória sobre o Everton na Liga Europa e entrou de forma intensa e pressionante na partida. E à dinâmica inicial adicionou ainda a sorte de desfazer o nulo na primeira oportunidade do desafio.
Aos seis minutos, Yannick aproveita uma boa jogada de João Moutinho na esquerda para rematar já na área para a baliza, onde Helton nada conseguiu fazer.
Estava aberta a página para um jogo diferente em Alvalade, onde esta época tantas vezes a frustração superou as alegrias dos adeptos.
A ausência de Fernando no onze portista foi uma perda irreparável para Jesualdo Ferreira, uma vez que Tomás Costa nunca conseguiu fazer esquecer o brasileiro. Por outro lado, Pedro Mendes e Miguel Veloso ditaram desde cedo as leis deste clássico.
Liedson, Yannick e Izmailov estavam endiabrados e o Levezinho quase marcava o segundo aos 11’, mas Helton negou o golo ao número 31.
A meio da primeira parte, por força da troca de posição entre Mariano e Varela, o FC Porto conseguiu equilibrar a contenda. Aos 27’ , Falcao quase fez o empate, mas o remate saiu fraco e Rui Patrício estava atento. Ainda assim era claro que esta não seria a noite dos dragões, irreconhecíveis desde a goleada ao Sp. Braga.
Sempre a bom ritmo, não constituiu surpresa o segundo golo do Sporting a fechar a primeira parte. No minuto 45, Izmailov aproveita um corte defeituoso de Bruno Alves, na sequência de um cruzamento de Grimi, para rematar seco e colocado para o 2-0. Um grande golo do russo no preciso momento em que os adeptos leoninos faziam a festa ao som de ‘Cheira a Lisboa’.
E no regresso do intervalo o ‘cheiro dos golos’ manteve-se. Logo aos 47’, o Sporting sentenciou as contas do encontro. Liedson fugiu pelo flanco direito, atira ao poste e na recarga surge Miguel Veloso. Sem oposição, o médio atirou forte para o 3-0, para gáudio dos 28220 espectadores.
As entradas de Belluschi, Guarin e Rodriguez durante o segundo tempo tiveram um efeito praticamente nulo, à excepção de alguns raides do uruguaio. Com efeito, a equipa parecia sempre demasiado longe de Falcao, sempre demasiado entregue à sua sorte.
Já o Sporting não tirou o pé do acelerador e esteve mais perto do quarto golo – muito pedido pelos adeptos – do que os portistas de reduzirem a desvantagem. Destaque ainda para as magníficas exibições de Pedro Mendes, Yannick e Izmailov.
A pesada derrota em Alvalade poderá ter comprometido irremediavelmente as contas do ‘penta’, já que os dragões estão agora a nove e oito pontos de Benfica e Sp. Braga, respectivamente, quando faltam apenas nove jornadas para o fim da Liga.
O Sporting regressa assim ao quarto lugar, vingando a goleada sofrida no Dragão para a Taça de Portugal (5-2) com uma vitória categórica e uma excelente exibição. E por hoje voltaram as noites de festa a Alvalade.
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