O diretor-executivo da SAD do Santa Clara, Klauss Câmara, disse sábado que administração ainda está a “tentar reorganizar” o clube, para que este “caminhe dentro da legalidade”, em reação à multa da UEFA.
Em declarações aos jornalistas, no estádio de São Miguel, em Ponta Delgada, o CEO da SAD açoriana lembrou que a multa da UEFA é referente à temporada 2021/22, salientando que atual administração, liderada por Bruno Vicintin, está “há menos de dois meses inserida no contexto do clube”.
“Nós precisamos de entender ainda vários elementos dentro dos processos do clube para tentar reorganizar e restabelecer, para que o Santa Clara caminhe dentro da legalidade, dentro daquilo que é a transparência e a nossa maneira de liderar”, declarou.
Na monitorização financeira dos clubes inseridos nas provas continentais em 2021/22, a UEFA multou o Santa Clara, que disputou as pré-eliminatórias da Liga Conferência Europa 2021/22, em 10.000 euros, devido a “pequenas violações aos requisitos de equilíbrio”.
Klauss Câmara realçou que a multa surge devido a um “processo que regula” a situação financeira nos clubes imposto pela UEFA, e que é “benéfico para o futebol”.
“Só vai temer isso quem não faz as coisas como devem ser feitas. Da nossa parte, estamos muito seguros quanto a isso. É possível fazer um futebol forte e competitivo de forma correta e dentro da lei e da legalidade”, destacou.
O CEO do Santa Clara surgiu hoje na sala de imprensa do estádio de São Miguel, em Ponta Delgada, acompanhado pelo presidente do clube, Ricardo Pacheco, naquela que foi a primeira conferência de imprensa da nova administração da SAD açoriana.
Klauss Câmara disse estar “confiante” de que o atual plantel vai “trazer grandes alegrias”, reconhecendo que está a decorrer um “trabalho de reconstrução” que “precisa de tempo”.
“Neste momento, é um momento transitório e precisamos de ter calma e tranquilidade, e entendendo que em breve os resultados vão acontecer”, assinalou.
Câmara disse ser “objetivo” da administração “potenciar” o Santa Clara, quer ao nível de “processos” internos, quer de “infraestruturas”.
“O projeto desta administração é poder potencializar e fazer do Santa Clara ainda maior. Existem vários elementos que são importantes, como alcançar vários açorianos que estão pelo mundo e consolidar a marca ainda mais, que já é bem posicionada no futebol”, salientou.
O CEO avançou que a atual administração saldou as dívidas que os açorianos tinham ao Atlético Paranaense (de cerca de um milhão de euros) e a um banco, e enalteceu a “união” que existe com o clube.
O presidente do clube, Ricardo Pacheco, também elogiou a “comunhão” entre clube e SAD, defendendo que o Santa Clara só “conseguirá alcançar outros patamares” se as duas organizações estiverem de “mãos dadas”.
Ricardo Pacheco, que vai integrar o conselho de administração da SAD, avançou que o clube vai conseguir “recuperar a sede histórica” em Ponta Delgada, um “sonho dos santaclarenses”, que foi alcançado devido ao apoio de 315 mil euros do novo acionista da SAD.
Em 14 de julho, já com a pré-época a decorrer, foram anunciadas mudanças na SAD açoriana, que passou a ser detida pelo empresário e ex-vice-presidente do Cruzeiro do Brasil Bruno Vicintin, que substituiu Ismail Uzun na liderança da sociedade anónima, cargo que ocupava desde agosto de 2021.
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