Depois de ter sido expulso de sócio do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão reagiu em comunicado. O ex-dirigente do Sporting promete recorrer aos tribunais para anular o que na sua opinião "é uma decisão ilegal".
Veja o comunicado na íntegra.
1) Fui hoje notificado pela comunicação social de que havia sido expulso de sócio do clube do qual sou sócio há mais de 44 anos. Primeiramente quero esclarecer que não fui notificado do que quer que seja relativamente a esta matéria até porque, como é público, o processo em questão já havia prescrito há vários anos.
2) Não obstante, este conselho fiscal, de forma submissa ao presidente do conselho directivo e ao arrepio da lei civil, terá decidido, curiosamente agora nestes dias, tornar pública uma decisão que pelos vistos já havia tomado há um mês atrás mas que concerteza estaria a aguardar melhores dias para ser divulgada.
3) Sobre isto cumpre-me referir que estou imensamente tranquilo quanto ao desfecho final, na justiça, que esta ilegal decisão irá merecer. Será nos tribunais civis que esta decisão ilegal será dirimida e anulada e será nos mesmos tribunais que irá ser solicitada a dissolução deste conselho fiscal que, ao arrepio das elementares leis do país, se deixou enredar numa teia de submissão a um homem, violando não somente os estatutos mas também aquilo que deveria ser a sua missão de fiscalizar a actividade da direcção.
Não o fazendo e com isso compactuando com o que está a ocorrer, impõe-se a sua dissolução com eleições para esse órgão no mais breve espaço temporal possível. Um conselho fiscal que devidamente advertido da prescrição do acto disciplinar, continua como se tudo estivesse dentro da legalidade, é um conselho disciplinar que tem que se demitir ou ser demitido. E será isso que irá acontecer.
4) O sportinguismo não se vê no cartão de sócio. Aliás, o próprio actual presidente esteve diversos anos sem pagar qualquer quota de associado e mesmo assim hoje é presidente.
O sportinguismo é um estado de alma que nos acompanha pela vida e não são aqueles que pontualmente estão em funções que lhes permitem ter poder para tal, que definem quem é ou deixa de sentir o Sporting.
5) Por fim quero ainda referir que não é expulsando um sócio que conseguirão tapar o que deve ser destapado, nomeadamente as graves situações que estão a ser levadas a cabo por quem se julga dono do clube e faz dele o seu único modo de vida. Os mesmos que recorrendo à mais baixa ordinarice, que revela afinal quem realmente são, terão que responder na justiça, agora não por violência doméstica, mas sim por outros factos igualmente graves e lesivos dos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal.
O Sporting são os sportinguistas, não os que se servem do sportinguismo.»
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