Pinto da Costa, que hoje tomou posse do seu 15.º mandato consecutivo na presidência do FC Porto, prometeu aos associados fazer com que clube seja "cada vez maior e melhor".
O dirigente, de 82 anos, que encabeçou a lista A nas eleições para a liderança do clube nortenho, que se realizaram sábado e domingo, vencendo o sufrágio com quase 70 % dos votos, garantiu um novo mandato com "muita ambição" e enalteceu o elenco diretivo que o acompanha.
"A equipa que escolhi, que teve coragem para enfrentar as dificuldades, é a garantia de que nos momentos difíceis não se foge. Não foi a pensar no passado e no que fiz que os sócios votaram em mim. Foi porque sabem que estamos aqui para pormos o FC Porto cada vez maior e melhor", disse Pinto da Costa.
O reeleito presidente dos ‘dragões', que assume um mandato até 2024, disse querer solidificar o clube "como baluarte da região Norte", pretendendo continuar a estender essa presença até ao Algarve.
"Para Portugal é muito importante ter um FC Porto forte porque, infelizmente, é um dos poucos baluartes do Norte que resiste ao centralismo. Tenho a certeza esta equipa [diretiva], quando daqui a quatro anos entregar o FC Porto aos vindouros, vai ter muito orgulho no que conseguiu fazer", apontou Pinto da Costa.
O líder dos ‘azuis e brancos' deixou uma palavra especial para os novos elementos da sua direção - José Américo Amorim, Paulo Mendes, Vítor Baía e Fernando Gomes -, e considerou que "vão contribuir para um futuro melhor do FC Porto", esperando que "saibam ouvir os que os querem bem e não ouvir os que estão do lado oposto".
"Vamos iniciar um novo ciclo, vamos ser dignos do cargo, da confiança que recebemos de tanta gente. Fiquei sensibilizado que os mais jovens tivessem votado na minha lista, um sinal que não sabendo o que era o FC Porto há 37 anos, acreditam no futuro. Não querem romper com o elo de ligação entre o presidente e os adeptos", disse o dirigente.
Pinto da Costa aproveitou, ainda, o momento para responder às críticas que recebeu sobre a composição da sua lista, nomeadamente por integrar elementos com cargos políticos.
"Fomos atacados porque tínhamos muitos políticos na nossa lista e eles foram atacados por a integrarem. Tenho pena é de não ter mais. Como em tudo, existem políticos bons, razoáveis e maus. Os que eu tive a honra de ter na minha lista são bons como políticos, são homens que amam o FC Porto e têm grande caráter e coragem", vincou o dirigente.
"As críticas que nos foram feitas, por outros clubes, eu compreendo. Ninguém consegue ter nas suas listas gente de tanta qualidade, como eu consegui, porque não tiveram coragem, sequer, de os convidar e, se tivesse, se calhar, vinham de mãos vazias. Estes políticos eu nem chamo políticos, são pessoas que defendem as suas terras e as suas casas. Nunca pedi nada a político nenhum, porque sei o vosso amor ao FC Porto e sei a qualidade em tudo aquilo em que se empenham. Eu sei que têm sido ofendidos, infelizmente, até por gente nossa", disse.
Pinto da Costa, que se mostrou sensibilizado por um telefonema de felicitações do ex-presidente da República Ramalho Eanes, prometeu, durante o seu discurso, apresentar uma proposta para que Matos Fernandes, líder cessante da Mesa da Assembleia Geral do clube, receba o título de presidente honorário do FC Porto.
Já Matos Fernandes, que considerou que o ato eleitoral no FC Porto "correu muito bem", deixou o desejo que neste próximo quadriénio esta direção "traga muitas vitórias e momentos de felicidade".
"Felicito a candidatura vencedora, e também as outras que tiveram a coragem de tornar mais plural e democrático o ato eleitoral. Espero agora muito êxito a esta direção, porque estamos com muitas saudades [dos festejos] da avenida do Aliados. Queremos voltar a parar o trânsito e o mais rápido possível", disse o ex-presidente da Assembleia Geral.
Durante a cerimónia de tomada de posse elenco diretivo de Pinto da Costa, foram lidas algumas cartas de felicitações enviadas pela Liga de Clubes, pelas Federações de Futebol, Patinagem e Basquetebol, pelas Associações Nacionais de Treinadores e de Dirigentes, pelas Casas do FC Porto de Chaves, Ilha do Pico, Toronto [Canadá] e Caracas [Venezuela], e por clubes como Sporting de Braga, Rio Ave, Gil Vicente e Tirsense.
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