"Foi muito difícil manter os jogadores estimulados para trabalhar como se estivessem em competição, porque o mais pequeno desvio ou desinteresse poderia refletir-se quando regressassem ao trabalho. Felizmente conseguimos que quase todos correspondessem, só o Nakajima é que foi impossível, porque meteu na cabeça que não podia sair de casa e recusava-se a vir treinar e a fazer a vida normal, tanto é que acabou por sair do clube por essas razões", recordou o líder dos dragões.

"A equipa continuou a treinar normalmente, mesmo quando foi imposto o recolher obrigatório, todos tinham um plano de trabalho e seguiam à risca. Houve um cuidado extremo com a alimentação. Quando foi permitido treinar em conjunto, a equipa apresentou-se como se nada tivesse acontecido, os índices físicos estavam iguais a quando a época foi interrompida, e isso foi muito importante porque nessa fase final apenas perdermos um jogo e depois encarreirámos e vencemos todos até conquistar o título, que se consumou com uma vitória em casa com o Sporting", acrescentou.

Um dos mais críticos em relação à forma como o Governo lidou com a pandemia, Pinto da Costa continua sem perceber o porquê de algumas decisões tomadas pelas autoridades.

"Qual era o problema, com equipas que estavam testadas, se 20 pessoas se juntassem para jogar andebol, vólei, seja o que for, todas testadas, qual era o problema? Nenhum. São daquelas coisas que ainda hoje ninguém percebe. São decisões de tal forma estúpidas que ainda bem que as pessoas não entendem porque é sinal de que não são estúpidas", criticou.