Pinto da Costa, presidente do FC Porto, foi suspenso por 21 dias e multado em 612 euros pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Em causa estão as declarações do dirigente portista depois do encontro da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal diante do Sporting de Braga, que aconteceu a 10 de fevereiro.
O acórdão da decisão salienta que Pinto da Costa "adotou um tom notoriamente intimidatório e ameaçador, propalando que a 'paz no futebol' está dependente de não 'brincarem' e 'provocarem' a equipa e a sociedade anónima desportiva a que o arguido se encontra associado".
"Tais expressões vão muito além da mera crítica à arbitragem ou à conduta ou decisões de qualquer órgão social da FPF, pois encerram não só um juízo difamatório e depreciativo, além de intimidatório, que viola a dignidade e a honra profissionais dos visados, mas também a seriedade, a ética, a credibilidade e a lisura da competição desportiva, pelo que tais declarações não se afiguram cobertas pelo exercício de qualquer direito, incluindo o exercício da liberdade de expressão", acrescenta o Conselho de Disciplina.
Recorde-se que a partida ficou marcada pela lesão grave de David Carmo (66 minutos), que abandonou o relvado de ambulância, com Luis Díaz a ser expulso na sequência da jogada. Já em período de descontos, o médio dos ‘azuis e brancos’ Mateus Uribe também viu o cartão vermelho direto (90+7), pouco antes do empate dos ‘arsenalistas’.
Depois do apito final, Pinto da Costa atirou-se à arbitragem de Luís Godinho. "Não é desta forma, como se tem vindo a acumular nestes últimos jogos em relação às arbitragens com o FC Porto, que nos vão vergar. São muitos falhanços, demasiados falhanços, para estarmos sempre a levar com este 4.º árbitro – com este VAR, perdão. O que se passou hoje vocês analisem! Analisem bem as jogadas que houve durante todo o encontro para ver a dualidade de critérios que houve! (...) Agora deixo aqui um aviso: basta! Serenidade total! Apelo à serenidade de todos, mas quero aqui dizer que basta e ninguém nos vai vergar!", disse o dirigente portista, na altura.
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