A Polícia Judiciária (PJ) abriu um inquérito para investigar uma queixa da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), que denunciou a publicação na internet dos dados pessoais dos árbitros das competições profissionais.
«Na sequência de uma queixa apresentada pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, a Polícia Judiciária instaurou o competente inquérito, que foi comunicado ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa», disse hoje fonte do DIAP, em resposta à agência Lusa.
Na quarta-feira, o Diário de Notícias revelou que os dados dos 25 árbitros estavam disponíveis na internet desde 17 de março e a APAF anunciou que o seu sistema informático tinha sido alvo de um ato de pirataria, indicando ter apresentado uma queixa-crime na PJ.
A lista com dados pessoais dos árbitros, como números de telefone, moradas, nome de familiares, números de contribuinte e números de contas bancárias, foi retirada no próprio dia, mas ainda é possível encontrar cópias.
Na sequência da divulgação dos dados e após solicitação da Federação Portuguesa de Futebol, o Ministério da Administração Interna pôs em prática um plano com medidas especiais de segurança para os árbitros.
No domingo, o árbitro Bruno Paixão, um dos 25 cujos dados foram publicados, admitiu à Lusa que recebeu várias ameaças via correio eletrónico, adiantando que estas «vão ter tratamento adequado nos próximos tempos», mas garantiu que não alterou as suas rotinas.
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