O presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga de clubes disse hoje à agência Lusa que vai autorizar novas listas nas próximas eleições do organismo, por considerar que o ato eleitoral de 11 de junho foi “anulado”.
Além de permitir que novos candidatos se apresentem às futuras eleições, Carlos Deus Pereira vai também exigir que as três listas existentes apresentem novas assinaturas, uma vez que recebeu na quarta-feira um pedido de revogação das declarações de apoio àquelas candidaturas por parte dos clubes subscritores.
“O Conselho de Justiça mandou anular o ato eleitoral e portanto eu entendo que podem concorrer outras listas e não somente estas B, C e D. A ser assim, as listas B, C e D, que deram entrada no dia 06, podem continuar a dar entrada, se reunirem os requisitos, mas também podem dar entrada outras listas. Este é o meu entendimento”, explicou.
Carlos Deus Pereira falava a propósito do acórdão do CJ da FPF de quarta-feira, no qual o órgão determinava a repetição do ato eleitoral, bem com a aceitação das listas anteriormente rejeitadas e da única que foi aceite, desde que expurgada dos vícios nela contidos na opinião do CJ.
Por considerar que o ato eleitoral de 11 de junho foi anulado pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, Carlos Deus Pereira defende que “nada obsta a que outros candidatos se apresentem” e que as atuais listas estão obrigadas a “apresentarem novos requisitos” para irem a votos.
“O próximo passo que vou dar é perguntar aos candidatos se estão interessados em ir a eleições e se reúnem os requisitos para tal e, a uma das listas, presidida pelo Dr. Mário Figueiredo, se supriu as deficiências apontadas”, adiantou.
Na base da decisão de Carlos Deus Pereira de exigir novas subscrições às três listas existentes, encabeçadas por Rui Alves (B), Fernando Seara (C) e Mário Figueiredo (D), atual presidente da Liga, está também a decisão dos clubes de lhes retirar o seu apoio.
“Se os clubes declaram que já não apoiam aquela candidatura, significa que essa mesma candidatura, nos termos em que foi entregue, não se verifica. Tem de reunir os requisitos, isto é, tem de reunir novas assinaturas para suportar a candidatura”, observou.
No início da semana, os clubes profissionais de futebol reuniram-se em Coimbra e decidiram requerer a marcação de um novo ato eleitoral e a revogação das listas apresentadas às eleições de 11 de junho.
As eleições, em que Mário Figueiredo foi reeleito para um segundo mandato, foram anuladas pelo Conselho de Justiça (CJ) da FPF, que as mandou repetir, por considerar que as listas de Fernando Seara e Rui Alves – rejeitadas pela Mesa da Assembleia Geral da Liga - eram válidas.
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