O presidente do Rio Ave mostrou-se hoje "satisfeito" com a prestação da equipa na I Liga de futebol, mas confia "na estrelinha da sorte" para ainda atingir uma qualificação para as competições europeias da próxima época.
O emblema vila-condense segue atualmente no sétimo lugar do campeonato, com menos três ponto que o sexto classificado Marítimo, e mesmo faltando apenas duas jornadas para o final da prova, o líder do clube nortenho garantiu que equipa "ainda não desistiu do sonho europeu".
"Continuamos a perseguir a Europa, mesmo sabendo que não dependemos de nós. Mas estamos satisfeitos e com a nossa consciência tranquila, porque fizemos o nosso melhor, e ainda esperamos que a estrelinha da sorte nos acompanhe até ao fim", desabafou o dirigente.
António Silva Campos, que na quarta-feira presidiu ao jantar do 78.º aniversário do Rio Ave, que juntou mais de meio milhar de sócios e simpatizantes do clube, vincou que objetivo traçado no início da época "era ficar entre os oito primeiros lugares do campeonato".
"Lembro que o Rio Ave até há alguns anos lutava pela permanência, e agora já aspira a voos maiores. Não nos podemos sentir defraudado esta época, porque, no geral, tivemos uma boa prestação, e mesmo que não conseguirmos Liga Europa, temos de estar orgulhosos", acrescentou o dirigente.
Já quando confrontando com as notícias que dão conta que o atual treinador da equipa, Luís Castro, está de saída do clube, sendo apontado próximo técnico do Desportivo de Chaves, o presidente do Rio Ave evitou falar do assunto.
"Seria uma incoerência estarmos a discutir o treinador, ou entrada e saídas, quando sabemos que ainda temos um objetivo em aberto, pois estamos focados em chegar ao sexto lugar", afirmou o António Silva Campos.
O líder dos vila-condenses considerou que "tudo que tem sido dito e escrito sobre o tema [saída do treinador] é especulação", garantindo que "só no final da época é que as partes se vão sentar para conversar".
António Silva Campos negou, também, que de momento "haja sondagens ou propostas por jogadores do plantel", embora mostrando confiança de "que o clube tem bons ativos para fazer negócios".
Sobre essa parte financeira, o presidente do Rio Ave voltou a insistir que a criação de uma SAD tem de ser encarada como algo que o clube "precisa para evoluir", vincando que a abertura a investidores externos "está a ser está a ser estudada".
"Estamos a estudar uma solução que assegure os interesses dos sócios e o património do clube, mas também os interesses de um potencial investidor que ajude a assegurar a competitividade do Rio Ave", apontou Silva Campos
O líder vincou que o clube "não pode ficar apenas dependente da venda de ativos [jogadores]", lembrando que "há anos em que se consegue fazer bons negócios e outros em que não".
"Serão os sócios a decidir o futuro do clube, mas se queremos continuar a estar na frente do campeonato e a lutar por lugares europeus temos de pensar muito bem o futuro do Rio Ave", concluiu António Silva Campos.
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