O publico está de volta às bancadas nos jogos da Primeira Liga. Uma medida anunciada pelo Governo uma semana antes do arranque da prova e que foi recebida com muito entusiasmo pelos adeptos e clubes. Em declarações à Sport TV, Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, saúdou esta decisão do Governo mas sublinha que é possível ir mais longe.
Regresso do público: "Esta foi uma verdadeiramente uma vitória da organização do futebol que possibilitou estar aqui com público, mas não com a quota que gostaríamos. 33% não é aquilo que desejamos, mas que queremos que rapidamente este processo seja ultrapassado para que possamos ter estes completamente cheios. Esse trabalho tem sido feito pela Liga. Pelo menos, atingimos o objetivo de começar a nova época com algum público. Estamos todos dependentes na vida da curva epidémica e, portanto, temos a expectativa de rapidamente voltar à normalidade. Num curto espaço tempo, queremos ter novamente os 100% de lotação."
Expetativas para a nova época época: "Espero aquilo que tem sido o ADN das nossas competições. Arranca hoje uma prova renovada, com nova roupagem, naming sponsor, rebranding. A ambição é a mesma. Ter 306 jogos cheios de emotividade, com os parceiros envolvidos. Tenho a plena convicção que teremos uma competição disputada até ao fim e que a incerteza do resultado seja uma constante."
Polémicas no futebol português: "O futebol não deve viver desses problemas. Preparamos uma revisão dos nossos regulamentos para adaptar a nova realidade. O futebol vive da emoção, de golos, de fintas e defesas. Queremos que essas discussões sejam marginais e que não alimentem o nosso produto audiovisual. Temos a convicção que tudo estamos a fazer para defender a nossa marca de água, o futebol com talento. A Liga Portugal é futebol com talento. E portanto, se temos atualmente os melhores jogadores, treinadores do Mundo, direi os melhores árbitros, os melhores estádios e infraestruturas, temos tudo para que isto corra bem e tenho convicção que vamos ter uma época recheada de sucesso, de muita incerteza e muita competitividade."
A I Liga portuguesa 2021/22 vai ter público nos estádios, depois de 17 meses de jogos silenciosos, ensaios avulsos e polémicas entre clubes, organismos e autoridades.
A medida vigora desde o passado domingo e foi anunciada três dias antes pelo primeiro-ministro António Costa, sendo há largas semanas ansiada por atletas, treinadores, dirigentes e adeptos, cujo acesso obedece a regras definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Numa primeira fase, o futebol profissional pode preencher até 33% da lotação, mas os titulares de bilhete só podem entrar com teste negativo, PCR até 72 horas do jogo ou antigénio até 48 horas, ou certificado digital covid-19, que ateste vacinação completa.
Esse documento digital representa a principal diferença em relação ao enquadramento dos nove ensaios realizados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) em 2020/21 - seis jogos da I Liga e três da II Liga - com cinco a 10% de assistência total.
Orientados pelas normas de distanciamento motivadas em cenário pandémico, os planos de contingência de cada estádio já previam medição de temperatura corporal à entrada - nunca superior a 38 graus -, circuitos alternados e duas cadeiras livres entre adeptos.
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