A Polícia de Segurança Pública nega ter manipulado informação relativamente a pirotecnia apreendida durante o 'clássico' entre o Benfica e o FC Porto de 26 de abril de 2015.
No final do jogo, o comissário deu conta que tinham sido apreendidos 150 artigos pirotécnicos na revisão às claques dos 'dragões' e 'encarnados' mas não referiu que 149 pertenciam às claques do Benfica. Num comunicado enviado esta manhã às redações, a PSP nega qualquer tipo de manipulação.
Na altura, o diretor de segurança dos 'encarnados' Rui Pereira, manifestou preocupação com a situação das claques.
"Como pode a PSP ter dividido a captura dos 150 artefactos entre adeptos do Benfica e FC Porto"?, questionou, de acordo com os novos emails divulgados pelo 'mercadodebenficapolvo'.
Leia o comunicado da PSP
"Relativamente ao teor da notícia, publicada ontem, no Jornal RECORD, sob o título 'Novos e-mails revelam que a PSP manipulou dados de pirotecnia no Estádio da Luz', replicada hoje em diversos órgãos de comunicação social, a Polícia de Segurança Pública (PSP) esclarece o seguinte:
A PSP não oculta, nunca ocultou, não manipula, nem nunca manipulou, dados ou informações transmitidos publicamente, no âmbito do combate à violência no desporto ou em qualquer outra área da sua intervenção. A PSP referiu, na altura, o número total de material proibido apreendido, sem referir a quem tinha sido apreendido, por questões de reserva operacional e processual, o que aliás tem sido o procedimento seguido em situações semelhantes.
Os factos foram alvo de participação à autoridade judiciária competente, a FPF, à Liga e ao IPDJ. Todos os dados sobre quem tinha a posse dos artigos objeto de apreensão foram transmitidos às autoridades a quem competia ter conhecimento detalhado sobre a preferência clubística dos infratores, por, para aquelas entidades, ser efetivamente relevante tal informação, tendo em conta a organização dos processos e as eventuais sanções a aplicar.
Lisboa, Direção Nacional da PSP, 19 Novembro 2018
Com os melhores cumprimentos"
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