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Quatro triunfos consecutivos, todos sem golos sofridos, devolveram aos “encarnados” o “controlo” dos dérbis caseiros para o campeonato.
O Benfica tem uma grande vantagem no histórico dos confrontos caseiros com o Sporting para a I Liga portuguesa de futebol, em vésperas do 79.º jogo, e também manda claramente nos últimos anos.
Quatro triunfos consecutivos, todos sem golos sofridos, devolveram aos “encarnados” o “controlo” dos dérbis caseiros para o campeonato, depois de um bom período do Sporting, com três vitórias entre 2003 e 2006.
Os “leões” ganharam por 2-1 em 2002/2003 e por 3-1 em 2003/2004 e 2005/2006, neste último encontro com dois golos do agora portista Liedson, que marcaria na época seguinte o que é ainda o derradeiro tento dos “leões” na Luz.
Depois desse tento, apontado logo aos dois minutos do 1-1 de 2006/2007, o Sporting já vai em 538 minutos sem faturar, embora ainda tenha empatado, a zero, em 2007/2008, enquanto o Benfica apontou sete golos, que “escreveram” quatro triunfos.
As primeiras três vitórias dessa série foram todas por 2-0, a primeira em 2008/2009, com golos na segunda parte do espanhol Jose Antonio Reyes, agora de regresso ao Sevilha, e do brasileiro Sidnei, que tem atuado na equipa B dos “encarnados”.
Na época seguinte, e num cenário muito idêntico ao atual, o Benfica recebeu o Sporting à 26.ª jornada - com o Sporting de Braga, segundo classificado, por perto (a seis pontos) – e venceu por 2-0, com tentos de Óscar Cardozo e do argentino Pablo Aimar.
O avançado internacional paraguaio “bisaria” na época seguinte, num jogo em que, pouco antes de inaugurar o marcador, desperdiçou uma grande penalidade.
Em 2011/2012, Cardozo voltou a estar em destaque, agora pela negativa, ao ser expulso a quase meia hora do fim, obrigando o Benfica a sofrer para segurar o triunfo por 1-0, selado pelo espanhol Javi Garcia, entretanto vendido ao Manchester City.
Se a história dos últimos anos “só tem dado” Benfica, a verdade é que também o balanço global é claramente favorável à equipa da Luz, que ostenta quase 54 por cento de triunfos: soma 42, em 78 jogos, contra apenas 15 dos “leões”.
Em matéria de golos, a vantagem é também muito clara por parte dos anfitriões, com 158 marcados e 101 sofridos, o que dá um saldo positivo de 57 tentos.
No que respeita, em exclusivo, ao novo recinto, o Benfica também está em vantagem: só venceu um dos primeiros cinco, mas, depois, ganhou os derradeiros quatro, somando, assim, mais do dobro das vitórias dos “leões” (cinco contra duas).
De todos os jogos na nova Luz, o mais marcante foi, sem dúvida, o que, a 14 de maio de 2005, decidiu o título de 2004/2005: Estava-se na penúltima jornada e o Sporting chegou à Luz na liderança, que manteve até aos 84 minutos, altura em que o central brasileiro Luisão “voou” mais alto do que todos e bateu Ricardo.
O internacional “AA” luso, meio atordoado, ainda pediu “mão”, mas o golo foi validado e o Benfica ficou às portas do 31.º título - 11 anos após o 30.º -, que viria a conquistar na semana seguinte, com um empate face ao Boavista, no Bessa (1-1).
Curiosamente, os primeiros 20 anos de jogos para o campeonato na casa dos “encarnados” acabaram com o Sporting na liderança (nove triunfos, contra oito do Benfica), mas, depois de cinco vitórias “verde e brancas” consecutivas, entre 1949/50 e 1953/54, o Benfica, assumiu, em definitivo, o controlo.
Desde 1954/55 a 1993/94, os “encarnados” venceram 26 vezes, enquanto Sporting só ganhou duas, em 1965/66 (4-2, com “poker” de Lourenço) e em 1985/86 (2-1), então “roubando” o título ao Benfica e entregando-o ao FC Porto.
Em matéria de goleadas, as maiores - cinco golos de diferença - aconteceram em 1945/46 (7-2, com um “hat-trick de Mário Rui) e 1978/79 (5-0, com “bis” de Reinaldo e João Alves).
A formação da Luz logrou ainda três triunfos por quatro golos (5-1 em 1936/37, com “bis” de Espírito Santo, 4-0 em 1958/59, época em que António Mendes e José Águas dividiram os golos, e 5-1 em 1970/71, muito por culpa de um “hat-trick” de Artur Jorge).
Por seu lado, o Sporting tem como melhores resultados os 4-1 de 1938/39 e 1947/48, sendo que, no segundo jogo, Peyroteo apontou os quatro golos “leoninos”.
Em termos individuais, a grande figura é, no entanto, o “rei” Eusébio da Silva Ferreira: o “pantera negra” marcou sempre entre 1962/63 e 1967/68 e também não falhou entre 1970/71 e 1973/74, num total de 16 golos, quatro deles em 1972/73 (4-1).
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