O novo treinador do Belenenses, Sá Pinto, disse hoje estar preparado, motivado e ter competência para estabilizar a equipa na I Liga e chegar o mais longe possível em todas as competições em que vai participar.
“É o meu regresso a Portugal após três anos, estou muito feliz por poder liderar um clube como o Belenenses, um histórico, com um passado importante e um dos grandes do futebol português, um clube à minha imagem”, afirmou Sá Pinto na conferência de imprensa da sua apresentação.
Sá Pinto destaca “a dimensão do clube, a gestão da administração e o valor do plantel” como garantia de que o Belenenses “pode fazer uma época muito positiva”, mas para isso exige que todo o grupo de trabalho respeite um determinado perfil.
“As pessoas que aqui estão têm de querer cá estar, mostrar capacidade de trabalho, ser ambiciosas e, sobretudo, terem espírito de compromisso”, disse o novo treinador dos ‘azuis’, para quem conviver diariamente com a pressão “não é um problema”, pois está “habituado a lidar” com ela como jogador e como treinador.
Elevando a fasquia de exigência, Sá Pinto quer “paixão e compromisso, trabalhar sem limites, ter horas para entrar e não para sair e ambição”, que passa “não oferecer nunca nada aos adversários, seja qual for a sua dimensão, seja qual for a competição e lutar arduamente pelos três pontos e por passagens em eliminatórias”.
O objetivo, segundo Sá Pinto, é “alcançar a fase de grupos da Liga Europa”, fasquia que nunca foi atingida em nove participações anteriores, mesmo sabendo que irá, provavelmente, “perder jogadores importantes como Pelé, Rui Fonte e Nelson”, perdas que o clube está “preparado para dar resposta”.
“O presidente assumiu que o clube está preparado para responder a todas as necessidades. Há um perfil do jogador que interessa ao clube. Claro que queria o Messi e o Ronaldo, mas sei qual a nossa realidade e tenho muita confiança no plantel que estamos a construir e nos jogadores que estão a chegar, com o perfil desejado”, rematou Sá Pinto.
Por seu turno, o presidente da SAD, Rui Pedro Soares, começou por falar em milagres: “No Restelo trabalha-se muito, de tal forma que a cada final de época somos encarados como uma equipa-milagre. Tivemos um primeiro milagre que foi subir de divisão, um segundo que foi mantermo-nos na I Liga e um terceiro que foi a classificação para a Liga Europa”.
É a décima vez na sua história que o Belenenses participa numa prova europeia e Rui Pedro Soares lembrou que “nas nove participações anteriores o clube caiu na primeira eliminatória por sete vezes e chegou à segunda por duas vezes”, razão pela qual chegar, desta vez, à fase de grupos seria “a melhor classificação de sempre”.
Em relação ao plantel, o presidente da SAD garantiu que se mantém “fiel à estratégia seguida nos últimos três anos”, a qual assenta “na ambição, no trabalho e no recrutamento nos escalões inferiores”.
“Se virem, os jogadores que já contratámos até ao momento, apenas um foi contratado na I Liga [João Vilela], os restantes em equipas da II Liga portuguesa e um na II Liga inglesa”, alegou Rui Pedro Soares, lembrando que o plantel é composto na sua esmagadora maioria, por jogadores formados localmente.
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