Angel Di María deu uma entrevista ao site oficial da UEFA, onde abordou o seu regresso ao Benfica, clube que lhe abriu as portas da Europa. O extremo argentino de 35 anos continua a mostrar qualidade, com golos decisivos, como os dois que marcou nas duas vitórias diante do FC Porto esta época, na Supertaça e na Liga.
A forma como foi recebido pelos adeptos do Benfica, 13 anos depois, foi algo que o marcou.
"A dimensão da recepção que me deram nunca tinha sido vista em Portugal, não é muito comum. Por isso, foi um privilégio para mim ter aparecido tanta gente e lotado a zona envolvente do estádio do Benfica só para me receber. Foi verdadeiramente fantástico, uma experiência muito bonita. Eu e a minha família nunca o iremos esquecer, por isso agora é dar o meu melhor em campo para poder retribuir todo o carinho que tenho recebido desde que voltei ao clube", contou.
Na entrevista ao site da UEFA, Di María voltou a declarar o seu amor ao Benfica a sua "equipa europeia".
"Foi lá que me tornei realmente jogador, porque quando vim da Argentina só tinha feito 36 jogos no Rosário Central. Tive a sorte de haver um Campeonato Sul-Americano [de Sub-20] e um Mundial [Sub-20 da FIFA] a meio [da época para me dar a conhecer], o que me proporcionou a oportunidade de vir para a Europa – e acabei a vencer neste clube", disse o craque.
No entanto, recorda, nem tudo foi fácil no início.
"Os dois primeiros anos foram difíceis em termos de sacrifício: ficar no banco e tentar mostrar que era tão bom como os que estavam a jogar. Sofri muito nesses dois anos para conseguir um lugar na equipa. Depois, no terceiro, acabei por ganhar títulos. Cresci aqui como futebolista e tive a oportunidade de jogar ao lado de Rui Costa, que é actualmente o Presidente [do clube] – e isso mostra bem a minha idade", atirou.
A terminar, Di María explicou o gesto que faz na comemoração dos golos. E tem tudo a ver com o Benfica... e com a mulher.
A comemoração do meu golo tem um significado muito especial para mim, porque é dedicado à minha mulher. Tudo começou aqui, no Benfica, quando ela veio viver comigo. A partir desse momento, penso que nunca mais o mudei. É dedicada a ela, porque é ela que me apoia, que está sempre ao meu lado e sempre a lutar por mim. Ela deixou tudo para trás para vir viver comigo, juntamente com as minhas filhas, e lidou com tudo para que eu pudesse concentrar-me totalmente no futebol", terminou.
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