O FC Porto visita domingo o Estádio do Bessa, a partir das 20h45, e o treinador Sérgio Conceição fez ao final da tarde deste sábado a antevisão ao encontro com o vizinho e rival Boavista. O técnico falou sobre o que espera do encontro e abordou também a eliminação da Liga Europa, ante o Lyon.

O que espera do Boavista: "É um dérbi da cidade do Porto, sempre equilibrado a todos os níveis. Mesmo antes do Petit, creio que só perderam uma vez em casa, com o Famalicão. Tem acentuado essa valia da equipa do Boavista com o novo treinador, um novo Boavista. E estamos preparados para aquilo que é a dinâmica do adversário, o treinador não joga. Nós olhamos para o Boavista e tentamos perceber onde residem os pontos fortes dessa equipa e olhamos para os nossos para ver como podemos ferir o adversário. E no Bessa temos de ganhar ou ganhar, porque queremos ganhar o título de campeão nacional. Não é pelo empate em Lyon, que não mancha nada, até pelo jogo competente que acho que fizemos."

Pouco tempo para preparar o encontro: "Não gosto de ter pouco tempo para passar aquilo que quero passar. Acho que todos os treinadores gostam de ter esse tempo, mas tenho consciência do grupo que tenho. Estão identificados com aquilo que eu quero para a equipa. Se eu tivesse mais tempo, era melhor. Não havendo, vamos para dentro de campo como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Mas uma equipa como o FC Porto tem de estar habituada, arranjar soluções para chegar ao jogo e ganhá-lo sem qualquer tipo de desculpa. Obviamente que queríamos ter mais tempo para descansar, mas isso faz parte."

A eliminação ante o Lyon e as escolhas que fez para esse encontro: "Os adeptos têm legitimidade para ter a sua opinião e hoje em dia é mais fácil, temos muitos canais para a demonstrar, muitas vezes de forma até severa e mal-educada. Mas estou-me a borrifar para as redes sociais. Interessa-me a crítica dos adeptos do FC Porto, não dos que não são. O que eles querem é ganhar, claro. Se o Vitinha faz aquele golo, eu tinha sido um mestre, um mestre da culinária, com uma sopa extraordinária com ingredientes. Todos os jogadores que jogaram em Lyon tinham capacidade. Cabe-me a mim fazer a escolha."

O impacto dos reforços até ao momento: "Faço o onze a pensar em ganhar e achar convictamente que temos os jogadores para ganhar. Quando eu achar que os reforços estão aptos para integrar o onze, aí terão o seu tempo, como por exemplo o Rúben Semedo, que entrou ao intervalo aqui, contra o Lyon, e não entrou o Fábio Cardoso. Não é para fazer favores, para isso fazia as minhas malinhas. Até posso contar uma história. Um adepto pediu para tirar uma foto e eu até fiz um sorriso. Questionou logo 'isso não', vão pensar que é montagem. Já têm essa ideia de mim, porque é a tal cara de mau e arrogante."