A edição 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol arrancou com sete treinadores em estreia, um deles Vítor Bruno, novo ‘rosto’ do FC Porto, e quatro estrangeiros, após 10 das 18 equipas mudarem de ‘timoneiro’. No entanto, já duas equipas mudaram de treinador: O SC Braga despediu Daniel Sousa e olha para Carlos Carvalhal, Bruno Pinheiro substituiu Tozé Marreco no banco do Gil Vicente.

Ao fim de 13 temporadas como adjunto de Sérgio Conceição, as últimas sete nos ‘dragões’, o conimbricense de 41 anos vai iniciar a primeira época como técnico principal, face à aposta da direção de André Villas-Boas, presidente eleito em 27 de abril, num ato que encerrou 42 anos de liderança de Pinto da Costa nos ‘azuis e brancos’.

Especial: Tudo sobre a nova época na I Liga - análises, entrevistas, fotos e vídeos

Vítor Bruno protagoniza a única mudança entre os crónicos candidatos ao título, já que Rúben Amorim, treinador campeão nacional pelo Sporting em 2020/21 e 2023/24, é o expoente de longevidade nesta edição da I Liga ao partir para a sexta época seguida nos ‘leões’ e Roger Schmidt inicia o terceiro ano no Benfica, após o título de 2022/23 e o vice–campeonato de 2023/24.

Além do FC Porto, terceiro no campeonato anterior, o Arouca, o Casa Pia, o Estoril Praia, o Boavista, o Gil Vicente e os recém-promovidos Santa Clara e Nacional começaram a temporada com estreantes na elite do futebol luso, embora Vasco Matos, campeão da II Liga pelos açorianos, e Tiago Margarido, vice–campeão pelos madeirenses, transitem da época passada.

Já os casapianos, nonos em 2023/24, encaram a terceira época seguida na elite com João Martins, treinador que foi campeão da Liga 3 pelo Alverca e é o mais jovem da I Liga, com 32 anos, enquanto os arouquenses, sétimos, contrataram o uruguaio Gonzalo García, técnico de 40 anos incumbido de render Daniel Sousa, que se mudou para o Sporting de Braga mas já foi despedido ao cabo de um jogo na I Liga.

Também o Estoril Praia e o Boavista, formações com desempenhos ‘aflitivos’ na edição transata, apostaram em técnicos estrangeiros para 2024/25, com o escocês Ian Cathro, adjunto do português Nuno Espírito Santo entre 2018 e 2024, a render Vasco Seabra nos ‘canarinhos’ e o italiano Cristiano Bacci, técnico do Olhanense entre 2014 e 2016, na II Liga, a substituir Jorge Simão nos ‘axadrezados’.

A par do treinador alemão do Benfica, esse trio contribui para que a edição 2024/25 da I Liga arranque com o maior número de estrangeiros nos bancos desde 2016/17, temporada que se iniciou com os brasileiros Fabiano Soares (Estoril Praia) e PC Gusmão (Marítimo), o boliviano Erwin Sánchez (Boavista) e o espanhol Julio Velázquez (Belenenses).

O Gil Vicente contratou Tozé Marreco, técnico que garantiu a manutenção na ponta final do campeonato anterior, com um 12.º lugar, para suceder a Vítor Campelos, mas o novo treinador nem se estreou a nível oficial, ao ser despedido a menos de três dias de defrontar o FC Porto na ronda inaugural da I Liga. Para o seu lugar, foi contratado Bruno Pinheiro.

As duas equipas minhotas logo abaixo do pódio mudaram de ‘timoneiro’, com o Sporting de Braga, quarto no ano transato, sob o comando de Artur Jorge e Rui Duarte, a faze-lo duas vezes: escolheu Daniel Sousa, ex-Arouca, mas despachou o técnico, poucos minutos depois da estreia na I Liga, após o empate caseiro com o Estrela da Amadora. O Vitória de Guimarães contratou Rui Borges ao vizinho Moreirense, depois do quinto lugar numa época com cinco técnicos, maioritariamente conduzida por Álvaro Pacheco.

Sexta em 2023/24, a equipa de Moreira de Cónegos assegurou o regresso de César Peixoto, treinador dos nortenhos em 2020/21, enquanto o Estrela da Amadora trocou Sérgio Vieira por Filipe Martins, técnico do Casa Pia entre 2020 e 2023, e o recém–promovido AVS optou por Vítor Campelos, ex–Desportivo de Chaves e Gil Vicente, para render Jorge Costa, agora diretor do futebol do FC Porto.

O Famalicão mantém Armando Evangelista, ‘timoneiro’ que elevou a formação minhota ao oitavo lugar no último terço da época transata. Luís Freire parte para a quarta época seguida no Rio Ave, após a 11.ª posição de 2023/24, e José Mota, 10.º pelo Farense na temporada anterior, permanece no Algarve como técnico mais velho da I Liga (60 anos) e com maior número de clubes orientados no escalão: oito.