Com uma segunda parte eletrizante, Sporting e Estoril empataram em Alvalade a dois golos. Steven Vitória (45') e Luís Leal (58') construíram uma vantagem de dois golos para os estorilistas, mas Viola (76') e Wolfswinkel (84') acabaram por conseguiram evitar males maiores.
O Sporting teve muito coração ao conseguir recuperar de uma tamanha diferença. E tudo fez para que a vitória, que parecia tão longínqua, fosse uma realidade bem palpável mas encontrou na baliza do Estoril: Vagner. Um guarda-redes que defendeu tudo o que podia na segunda parte e manteve o empate até final.
Primeira parte.
Experimentada com sucesso a tática em Alvalade diante do Gil Vicente, Ricardo Sá Pinto repetiu este sábado o modelo de jogo (4x4x2).
Com uma tarde agradável e com muitos adeptos a virem apoiar os leões, a equipa pareceu contagiada e teve uma entrada determinada. Boas trocas de bola, dinâmica, juntando a isso a cedência de domínio de bola concedida pelo Estoril naturalmente.
Mas à medida que os minutos passavam havia algo que começava a transparecer. Nos últimos metros, zona onde o jogo se resolve, o Sporting parecia perder clarividência. O último passe não saia e os leões abusavam dos cruzamentos que os centrais Bruno Nascimento e Steven Vitória iam resolvendo.
Sem grandes oportunidades de parte a parte, o resultado teimava em não se alterar e parecia ser esse com um nulo que se chegaria ao intervalo.
Sobre o apito para o descanso, Luís Leal, que vinha a mostrar bons pormenores, sofreu falta dentro da área. O árbitro apontou para a marca de grande penalidade e Steven Vitória deu vantagem aos estorilistas.
Segunda parte
O intervalo terá servido para o treinador Ricardo Sá Pinto dar conta daquilo que não gostou. Mas tudo isso cairia por terra com mais um golo do Estoril. Numa rápida contra-ofensiva, bem delineada por Gerso, o avançado Luís Leal fez o 2-0. Era a surpresa total no Estádio de Alvalade que ficou silencioso.
No banco, Ricardo Sá Pinto percebeu que já tinha perdido muito tempo. Entraram, de uma só vez, Jeffrén e André Martins para as saídas de Capel e Xandão.
A expulsão de Gonçalo Santos do Estoril, nesta altura do jogo, pareceu reacender a esperança dos leões. O campo passou a ficar então inclinado.
Assistiu-se um vendaval de futebol ofensivo leonino que deu frutos em pouco mais de dez minutos. Primeiro por Viola (76') e depois por Wolfswinkel (84').
Os adeptos mostravam a alma que não tinha dando conta até então, e empurravam a equipa. No banco, Ricardo Sá Pinto gritava, gesticulava e sofria, muito.
Era um jogo de sentido único, as oportunidades surgiam umas atrás das outras, mas valeu quase sempre um inspirado Vagner. O guarda-redes conseguiu garantir nas suas mãos um ponto para a sua equipa.
Com este tropeço, Sporting e Estoril passam a somar seis pontos. Os leões ficam a ver Benfica e SC Braga mais longe, uma vez que os dois rivais venceram os respetivos jogos.
Após o apito final, os assobios voltaram ao Estádio de Alvalade. Nem sempre o coração chega para resolver aquilo que a racionalidade não consegue.
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