Os sócios do Paços de Ferreira, reunidos em Assembleia-Geral (AG), aprovaram na quinta-feira, por unanimidade, um saldo positivo superior a três milhões de euros, relativamente ao exercício fiscal de 2013/14 do clube da Primeira Liga.
O resultado líquido apurado, no valor de 3.305.680 de euros, inclui 426.302 euros resultantes da sociedade desportiva e reflete os proveitos da participação europeia da equipa na pré-eliminatória da Liga dos Campeões e, depois, na fase de grupos da Liga Europa, em resultado do histórico terceiro lugar alcançado.
Como prémios garantidos dessa presença nas competições europeias, o Paços arrecadou 3,4 milhões de euros, grande parte dos mesmos aplicados na modernização das instalações.
"As obras estão a meio, porque custam muito dinheiro", explicou Teófilo Costa, vice-presidente para a área financeira do clube, aos cerca de 100 associados presentes no auditório da Biblioteca Municipal de Paços de Ferreira.
Aquele responsável discriminou, em seguida, as verbas aplicadas nas obras, lembrando que a nova bancada custou 2,8 milhões de euros, 300 mil euros foram aplicados no relvado, o mesmo que custou o prolongamento da bancada central já existente, 30 mil na mudança da bancada amovível e colocação de cadeiras e 150 mil na iluminação.
"A nossa ambição é acabar a bancada, fazer novos balneários para a equipa sénior e formação e melhorar o departamento médico durante a próxima época. Mas, para isso, precisamos de vender mais jogadores e obter, assim, mais receitas extraordinárias, pois queremos ter sempre a dignidade de pagamentos em dia e não deixar dívidas", disse, a propósito, o presidente da sociedade desportiva, Rui Seabra.
Em nome da "transparência total", a direção pacense revelou os valores das transferências de Paulo Fonseca e Josué para o FC Porto, assegurando que o treinador rendeu ao clube 450.000 euros e o médio, cujo passe o Paços, com apenas 40 por cento, partilhava com os "azuis e brancos", 650.000 euros.
Durante a reunião magna, os sócios aprovaram também por unanimidade o calendário eleitoral, antecipado para abril, segundo o presidente da AG, Fernando Sequeira, "para permitir que se comecem a definir as coisas com tempo", ficando acertado que a entrega de listas decorrerá até ao dia 10 e a votação das mesmas será feita a 16.
Face à insistência de alguns associados, a direção liderada por Paulo Meneses esclareceu que o clube fez a pré-inscrição para salvaguarda de uma eventual qualificação para uma prova europeia na próxima época.
A verificar-se esse cenário, o Estádio Capital do Móvel fará a sua estreia nas "lides" europeias, mediante a realização de pequenos ajustes exigidos pela UEFA no respetivo "caderno de encargos", explicou ainda a direção.
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