Mais de 100 sócios do Vitória de Guimarães aprovaram hoje as contas da temporada 2016/17, com um resultado positivo de quase 800 mil euros, o primeiro desde 2008/09, e um passivo que caiu para 9,9 milhões.

O exercício financeiro da época passada, viabilizado com pouco mais de 20 abstenções, mostrou que o clube vitoriano, cuja equipa principal ocupa o 10.º lugar na I Liga portuguesa de futebol, passou para 'terreno positivo', graças a um rendimento de 905 mil euros proveniente da participação de 40% na SAD.

Esse capital próprio da SAD, negativo nos exercícios anteriores, em virtude da "compra do plantel originalmente ao Vitória", explicou o diretor de planeamento financeiro, Ricardo Prego, passou a ser positivo (2,26 milhões), após o lucro de 2,8 milhões, motivado por um aumento dos rendimentos para os 16,9 milhões.

Na última assembleia-geral ordinária do segundo mandato da direção de Júlio Mendes, realizada no pavilhão do clube, as contas da SAD e do clube foram apresentadas em conjunto, e Ricardo Prego avançou que 5,6 milhões de euros (35%) foram obtidos com as vendas de Dalbert (Nice, de França), de João Pedro (LA Galaxy, Estados Unidos), de Soares (FC Porto) e Alex Pinto (Benfica).

O responsável acrescentou que a SAD vimaranense obteve mais de 20 milhões de euros em cinco épocas, com as vendas de jogadores, e que, em 2016/17, investiu cerca de 2,8 milhões na equipa B e na formação, tendo ainda obtido receitas de 700 mil euros com a venda de produtos, um "recorde".

Quanto à atividade do clube, as receitas com as modalidades aumentaram pelo quarto ano consecutivo, para os 637 mil euros, com a gestão das piscinas aumentaram para os 286 mil euros e com o património subiram para os 500 mil, devendo ser superiores na presente época, com o início da exploração de um posto de combustível.

Júlio Mendes destacou que o Vitória de Guimarães, cinco depois de ter assumido a presidência, está "muito melhor", no decurso de uma "estratégia de crescimento", enaltecendo a opção da constituição da SAD por "estratégia" e os três apuramentos para a Liga Europa em cinco épocas.

O presidente vitoriano considerou mesmo que o clube, a seu ver, "o quarto maior de Portugal" em "termos sociais", mesmo que não o seja em "resultados desportivos", garantiu, nesse período, um "prestígio" e um "respeito" nunca antes atingido na sua história.

As "relações de amizade com outros clubes", disse, permitiram ao emblema minhoto obter jogadores "emprestados" com os quais foi possível, numa fase financeira mais difícil, obter resultados desportivos como o quarto lugar da época passada.

O vice-presidente vitoriano para a área financeira, Francisco Príncipe, frisou, sobre as contas de 2016/17, que a "prioridade" dos primeiros dois mandatos da direção de Júlio Mendes foi a "diminuição do passivo" do clube - caiu dos 24 para os 9,9 milhões desde 2011/12 -, projetando um valor de cinco milhões aquando do centenário, em 2022.