O Benfica soma mais 22 triunfos do que o Sporting no 'dérbi dos dérbis' do futebol português, registo que perdura desde 2016/17, já que os derradeiros quatro encontros deram empate.

Depois do triunfo caseiro do Benfica, por 2-1, na primeira volta do campeonato de 2016/17, os dois 'grandes' de Lisboa 'anularam-se' consecutivamente por quatro vezes, sempre para o campeonato, duas na Luz e outras tantas em Alvalade.

Na segunda volta da I Liga de há dois anos, o Sporting adiantou-se bem cedo, com Adrien, de penálti, aproveitando um erro 'infantil' de Ederson, mas, na segunda parte, Lindelöf empatou na marcação perfeita de um livre direto.

Em 2017/18, os 'leões' voltaram a sair na frente, na Luz, com um golo de Gelson Martins, mas Jonas restabeleceu a igualdade de grande penalidade, sobre o final, para, depois, em Alvalade, o encontro terminar empatado a zero.

Já na presente temporada, o Benfica recebeu um Sporting ainda 'convalescente', depois de um defeso difícil, mas voltou a estar a perder, culpa de um penálti de Nani, acabando por evitar o desaire de novo perto do fim, com um tento do 'miúdo' João Félix, que entrou aos 71 minutos e faturou aos 86.

Antes destes quatro empates e do 2-1 de 2016/17, o Benfica ganhou por 1-0 em Alvalade, com um tento do grego Mitroglou, na segunda volta da I Liga 2015/16, num triunfo decisivo para chegar ao respetivo título, pelo que não perde há seis jogos.

No total, e num dérbi que se joga há mais de 110 anos, entre I Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga, Supertaça, Campeonato de Portugal e Regional de Lisboa, registaram-se 130 triunfos do Benfica, 108 do Sporting e 65 igualdades, em 303 jogos.

O principal dérbi lisboeta joga-se desde a época 1907/08 e o Sporting comandava o histórico no final da década de 50 do século passado, mas, nos anos 60, o Benfica assumiu o comando e não mais parou de se distanciar.

Os 'leões' só conseguiram equilibrar (oito triunfos para cada) na primeira década do século XXI, mas não tem dado sequência na segunda: desde 2010/11, em 21 jogos, o Benfica, com mais seis vitórias (10-4) e nove golos (28-19).

Apenas no campeonato, a vantagem do Benfica é ainda mais expressiva, com 77 vitórias, contra 47 do Sporting, graças ao equilíbrio nos jogos realizados no recinto dos 'leões', onde os anfitriões só venceram mais um jogo (32-31).

Os 'encarnados' também estão por cima na Taça da Liga (duas vitórias contra nenhuma), enquanto o Sporting lidera na Taça de Portugal (18-15), no Campeonato de Portugal (3-2), no Regional de Lisboa (37-33) e na Supertaça (3-1).

A equipa sportinguista ganhou os dois jogos inaugurais, o primeiro em 01 de dezembro de 1907, por 2-1, face ao ainda Sport Lisboa, no Campo da Quinta Nova, em Carcavelos, onde, segundo as crónicas da altura, os seus jogadores fugiram da chuva e só voltaram obrigados pelo árbitro.

Apesar desse desaire, os 'encarnados' ganharam (4-2) o conjunto dos poucos jogos (seis) realizados na primeira década do século XX, assumindo uma superioridade ainda maior na segunda, com 13 triunfos, contra apenas cinco dos 'leões'.

As 'águias' chegaram a ter mais 10 vitórias, só que o Sporting respondeu: foi melhor nas quatro décadas seguintes e no final da temporada 1949/50 já tinha dado a volta ao histórico (56 triunfos, contra 54 do Benfica).

O melhor período do Sporting foi a década de 40, com mais de 50% de vitórias (21, em 40) e 101 golos - recorde em qualquer década -, em pleno reinado dos 'cinco violinos' (Peyroteo, Vasques, Albano, Travaços e Jesus Correia).

Depois, o clube da Luz passou a dominar por completo e reinou nas quatro décadas seguintes, sobretudo na de 70, ainda como o 'Pantera negra' Eusébio da Silva Ferreira a ditar leis: 15 triunfos em 27 jogos (55,6 por cento).

O Sporting equilibrou na primeira década do século XXI (oito triunfos para cada lado e outros tantos empates), mas, na segunda, a liderança do Benfica é, para já, clara, com 10-4 em vitórias e 28-19 em golos.

No global, o conjunto da Luz também comanda nos golos, com 507, liderado pelos 27 do 'rei' Eusébio, enquanto os 'leões' somam 464, quase meia centena, mais precisamente 48, da autoria de Fernando Peyroteo, o melhor marcador do dérbi.