Os sócios do Vitória de Guimarães, reunidos em Assembleia-Geral (AG), aprovaram na sexta-feira à noite, por maioria, o relatório e contas de 2009/10 e ficaram a saber que a venda de Bebé rendeu 5,4 milhões de euros.
Menos de 30 votos (174 a favor, 146 contra) valeram a aprovação do exercício (negativo em cerca de 1 milhão de euros), sendo que foi preciso repetir a votação porque a primeira contagem suscitou dúvidas a muitos sócios.
Numa AG fechada à comunicação social e que durou mais de quatro horas, esteve em destaque, segundo alguns dos presentes ouvidos pela Agência Lusa, o pedido de discriminação das verbas resultantes da venda dos jogadores do futebol profissional, o que, segundo as mesmas fontes, só aconteceu durante os 30 minutos livres, habitual último ponto da ordem de trabalhos.
Assim, a saída de Bebé para o Manchester United (só entra nas contas do próximo exercício) valeu a entrada de 5,4 milhões de euros nos cofres vitorianos, enquanto o restante dos cerca de nove milhões de euros pagos pelo clube inglês foi para a Gestifute de Jorge Mendes.
Ainda no capítulo das receitas, Sereno rendeu 300 mil euros, Moreno 400 mil, Custódio 100 mil e o treinador Paulo Sérgio 600 mil bem como a participação do Sporting no torneio da cidade na próxima temporada.
No final, Macedo da Silva não quis revelar valores à comunicação social, mas disse que foi tudo explicado em pormenor aos sócios do Vitória.
“Acho que os sócios entenderam perfeitamente todos os negócios que o Vitória fez e ficaram satisfeitos com o que lhes foi explicado”, disse.
Apesar do passivo, que se situa agora nos 15 milhões de euros, tendo aumentado em cerca de 1,7 milhões em relação ao último balanço, Macedo e Silva mostrou-se tranquilo.
“Os passivos são relativos, o actual já não é o que foi encontrado em Junho. O que me preocupa é ter uma tesouraria saudável e o Vitória tem todos os seus vencimentos em dia, em todas as modalidades, e isso é que deve ser realçado neste momento de crise que o país e esta região atravessam”, disse.
Foi ainda aprovado por maioria deixar de atribuir, a partir da próxima temporada, a camisola 12 a qualquer jogador de futebol em homenagem aos adeptos vitorianos que representam o “12º jogador”.
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