O treinador do Marítimo, Júlio Velázquez, disse hoje que nunca pediu para fazer "antijogo, seja em que estádio for", em alusão ao encontro com o Sporting, da última jornada para a I Liga de futebol.
“Somos uma equipa com erros e acertos, como todas. Em alguns lances, podemos perder tempo de maneira inconsciente, mas não vamos em nenhum contexto, seja em que estádio for, perder tempo e fazer antijogo”, frisou o técnico espanhol, na conferência de antevisão ao encontro com o Moreirense.
Segundo o timoneiro ‘verde rubro’, a formação insular “fez um grande jogo a nível defensivo” em Alvalade (0-1), lembrando que jogavam na casa do atual campeão nacional, “que dois dias depois estava a jogar a Liga dos Campeões”.
O treinador, de 39 anos, garante que a atitude da equipa madeirense foi excecional, mas não escondeu o descontentamento de “perder um ponto no último minuto” e ser acusado de praticar ‘antijogo’.
“Chateou-me ouvir isso no final do jogo. Treino há 24 anos e nunca pedi a uma equipa que faça ‘antijogo’. Eu não sei o que acontecia antes, mas, desde o dia que cá cheguei, em 11 de março, nunca pedi num balneário para perder tempo”, destacou.
Sobre a sequência de cinco jogos sem vencer (três empates e duas derrotas), garantiu que o conjunto insular “já fez por merecer mais pontos”, mas relembrou que, dos sete jogos disputados, já defrontaram “as cinco equipas que vão nos lugares cimeiros da tabela e três das mais importantes em Portugal, só faltando o Benfica” nestas contas.
O técnico espanhol, que garantiu a manutenção dos maritimistas na época transata, sublinhou que esta temporada “o objetivo é alcançar a manutenção de uma forma mais tranquila” e, defende estar “no caminho certo”.
“No ano passado, conseguimos a manutenção a dois jogos do fim… não vamos passar disso a jogar a Liga dos Campeões. Vamos é tentar ter uma manutenção mais tranquila que a da época passada e estamos no caminho certo”, afiançou.
Júlio Velázquez espera ”um jogo equilibrado, que será decidido nos detalhes”, diante da equipa de Moreira de Cónegos, que segundo o mesmo, “será uma equipa se jogar com Rafael Martins e outra se não jogar”.
O avançado foi substituído na última jornada diante do Arouca, na primeira vitória da equipa minhota na I Liga (2-1) por problemas físicos e poderá falhar a visita ao Marítimo.
Os ‘verde rubros’ voltam a fazer casa no Estádio da Madeira, recinto do rival Nacional, devido à interdição do seu relvado, realizando diante do Moreirense o segundo jogo na Choupana, tendo o primeiro acontecido diante do Arouca (2-2).
“Ganhar, empatar ou perder nunca vai ser desculpa por jogar na Choupana”, reiterou Júlio Velázquez, sublinhando que “jogar na ilha é positivo”, apesar de só terem disputado dois jogos no seu recinto, diante do Sporting de Braga e do FC Porto.
No papel de anfitrião, o Marítimo, 12.ª classificado, com seis pontos, defronta o Moreirense, que se encontra na 14.ª posição, com a mesma pontuação, na sexta-feira, às 19:00, no Estádio da Madeira.
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