O vice-presidente do Vitória de Guimarães Armando Marques disse hoje que os adeptos do clube cometeram atos «criminosos», ao lançarem petardos no recente jogo com o Benfica, e defendeu que devem ser banidos do futebol.
«Estaria a ofender os adeptos que gostam de futebol ao meter no mesmo sítio as pessoas que cometeram aqueles atos criminosos. É gente delinquente que anda a mais no futebol e que deve ser banida rapidamente dos estádios para que o futebol seja um espetáculo atrativo, onde os pais possam levar os seus filhos de forma segura», afirmou o dirigente à Rádio Santiago.
Para Armando Marques, «os adeptos do Vitória não são aquilo» e aqueles «atos de puro vandalismo» não podem ser «confundidos» com os «adeptos fervorosos que amam o clube».
O vice-presidente vitoriano considera que «não adianta banir [esses] possíveis sócios, porque essa gente pode comprar bilhetes e continuar a entrar no estádio».
«Essa gente tem que ser proibida de entrar nos estádios, não temos competência para isso, mas somos obrigados a dar um contributo para que isso aconteça. Isso já aconteceu em diversos países e só com atitudes de força é que podemos chegar a algum lado», defendeu.
Armando Marques frisou ainda que esses comportamentos «prejudicam financeiramente o Vitória - a conta já vai em muitos milhares de euros».
«Mas não é com mais uma multa que se vai acabar o problema. De uma vez por todas temos que olhar de frente para o problema, fazer com que a Liga olhe para ele também e tome medidas enérgicas para arrumar de vez com esta situação», advogou.
O Vitória de Guimarães foi hoje castigado com um jogo à porta fechada na sequência dos distúrbios ocorridos no domingo, na receção ao Benfica, da 23.ª jornada da I Liga, anunciou o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Os vimaranenses são também obrigados ao pagamento de duas multas, no valor global de 15.130 euros (10.200 + 4.930 euros), sendo a maior relativa ao comportamento dos seus adeptos, que atiraram diversos petardos, alguns dos quais caíram perto do guarda-redes Artur, do Benfica.
O árbitro Paulo Batista, de Portalegre, chegou a interromper o jogo por duas vezes, numa das quais chegou mesmo a ordenar a suspensão da partida, voltando atrás segundos depois, graças à intervenção de alguns jogadores que se disponibilizaram para tentar acalmar os adeptos.
Já a 26 de fevereiro, a SAD do Vitória de Guimarães, que engloba a equipa A e a B, tinha sido punida pelo CD com a disputa de dois jogos à porta fechada, mercê dos incidentes ocorridos entre os conjuntos "B" do Vitória de Guimarães e do Sporting de Braga, para a II Liga, castigos ainda pendentes do recurso apresentado pelo clube vimaranense ao Conselho de Justiça.
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