O treinador do FC Porto, Vítor Bruno, admitiu hoje que a ausência do defesa Pepe “será muito sentida dentro e fora dos relvados”, juntando-se aos elogios ao futebolista, que, na quinta-feira, anunciou o final da carreira.
“Todos os testemunhos que teve são pouco para fazer um retrato fiel do que ele é. Consegue casar a profissão com os valores que habitam nele e tendo a humildade como grande característica. Ele evita que a presença dele seja notada, mas a ausência é sempre muito sentida dentro e fora”, afirmou Vítor Bruno, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Gil Vicente.
O técnico dos ‘dragões’ enumerou várias características do agora ex-jogador e internacional português, salientando a palavra “humildade”.
“A humildade é uma das virtudes do Pepe e tem uma coisa que vai morrer com ele, que são os valores, as coisas mais importantes da vida, que não estão à venda e que vão morrer com ele”, acrescentou.
Pepe representou o FC Porto entre 2004 e 2007 e entre 2019 e 2024, sendo a principal referência do balneário nas últimas épocas, mas não fazia parte dos planos da recém-eleita direção liderada por André Villas-Boas e finalizou contrato em 30 de junho.
Aos 41 anos, despediu-se com 290 jogos e 17 tentos em oito temporadas e meia ao serviço dos ‘dragões’, conquistando quatro campeonatos, cinco Taças de Portugal, três Supertaças Cândido de Oliveira e uma Taça da Liga - fez ainda parte da equipa que ganhou a Taça Intercontinental em 2004, mas não chegou a alinhar na decisão perante o Once Caldas.
Com a saída de Pepe, o FC Porto elegeu um novo elemento para integrar o lote de capitães de equipa e Vítor Bruno explicou os motivos da escolha recair no argentino Alan Varela, que chegou ao clube apenas na época passada.
“É um elemento muito bem visto no balneário. É um jogador que naturalmente se impõe, não precisa de usar da palavra, com atitudes em campo é muito respeito, aconteceu com naturalidade, os colegas reveem nele os valores do FC Porto”, concluiu o técnico.
O internacional português pendurou as ‘chuteiras’ com mais de 30 títulos conquistados em toda a carreira, incluindo um Campeonato da Europa com a seleção nacional, em 2016, e três Ligas dos Campeões, todas com o Real Madrid.
O defesa despede-se da seleção portuguesa com 141 jogos e oito golos e como o terceiro jogador mais internacional de sempre pela equipas das ‘quinas’, apenas atrás de Cristiano Ronaldo (212) e João Moutinho (146).
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