O Famalicão, atual 11.º classificado da II Liga, anunciou hoje que chegou a acordo com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para o pagamento de uma dívida com 30 anos.
Em comunicado, o emblema famalicense afirma que a dívida reclamada ascendia a 700 mil euros, estando atualmente em falta cerca de 450 mil euros, mas com o acordo firmado o valor pago foi de 150 mil e o processo ficou encerrado.
Em causa estavam questões relacionadas com a transferência de Jamel Menad, jogador argelino que ingressou no clube minhoto em 1990 e do designado ‘Totonegócio’, processo no qual a FPF assumiu junto da administração fiscal o pagamento de dívidas dos clubes.
Na década de 1990, o Famalicão foi condenado a pagar 120 mil contos (cerca de 600 mil euros) pela transferência, em 1990, do jogador do Nimes.
A FPF adiantou o valor da transferência às instâncias internacionais, nunca tendo sido ressarcida.
Em nota publicada no seu sítio oficial na Internet, a FPF descreve que desde a época 94/95, todas as receitas do Famalicão estavam cativadas pelo organismo, e o presidente desta entidade, Fernando Gomes, manifesta "satisfação pela resolução de um caso que se arrastava há quase 30 anos".
"O acordo de regularização da dívida do FC Famalicão relativa ao caso Menad é histórico e marcará indelevelmente o futuro de um clube fortemente ancorado na sua terra", refere Fernando Gomes, citado na nota.
Já o presidente da direção do Famalicão, Jorge Silva, considera que este processo teve "tempo demais", conta que se perdeu "muita documentação, quer no clube quer na federação", considerando ser "necessário senso para por fim a este diferendo".
"Ao assumir as suas responsabilidades no acordo agora celebrado os dirigentes do Famalicão garantem que o clube deixará de estar sujeito ao peso de dívidas herdadas e poderá enfrentar o futuro de forma serena. O presidente Fernando Gomes foi aqui fundamental para aceder à negociação que culminou com este acordo, que já cumprimos integralmente, com pagamento de 150 mil euros, que acaba com este assunto quase 30 anos depois", afirmou Jorge Silva.
Comentários