Os associados do Freamunde aprovaram hoje, por maioria, a constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD) e a alienação de 70 por cento do capital a investidores externos ao clube da II Liga de futebol.
130 dos 134 sócios presentes na Casa da Cultura de Freamunde e habilitados a votar (tinham de ter as quotas em dia) aceitaram a constituição da Sport Clube Freamunde, Futebol SAD, que terá um capital social de 200 mil euros (o valor mínimo obrigatório para clubes da II Liga), respetivos estatutos e protocolo entre clube e SAD.
Como sócio maioritário, com 95 por cento do capital social (os restantes cinco serão para subscrição dos associados), o clube viu aprovada a alienação de 70 por cento desse capital a três investidores externos ao clube, dois argentinos e um português, por 250 mil euros.
"Não era a única ou a solução ideal, mas as pessoas perceberam que, chegados aqui, este era o caminho. Não é uma solução milagrosa, mas resolve os problemas imediatos do clube", disse Mário Meireles à agência Lusa.
O presidente da Assembleia-geral do Freamunde adiantou que os investidores (Bouza Alejandro, Nicolas Amato e Miguel José Brandão, que será o presidente do Conselho de Administração) comprometeram-se a não vender as suas ações durante 10 anos, melhorando a proposta inicial de apenas dois anos.
"[Os investidores] Vão assumir a equipa sénior e os juniores, assumindo o pagamento das despesas correntes daqui para a frente, o que, somadas todas as parcelas, com aluguer de utilização de instalações, manutenção de relvados, gás ou iluminação, significa mais 150 mil euros, num total de 400 mil euros", acrescentou Mário Meireles.
O presidente da AG do Freamunde anunciou ainda que, na próxima época, o orçamento aprovado pelos investidores do Freamunde será de 750 mil euros.
Nenhum dos três investidores esteve presente na reunião magna de associados do Freamunde, uma das mais longas da história do clube, com início na sexta-feira e o seu fim apenas na madrugada de sábado.
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