Paulo Alves, o novo treinador do União da Madeira, disse ter chegado "com muita vontade de trabalhar e ter sucesso" na equipa da II Liga portuguesa de futebol.
O técnico de 47 anos, que na temporada passada orientou o Penafiel, foi hoje oficialmente apresentado, mostrando-se satisfeito por "fazer parte de um projeto de um clube importante, numa região importante", definindo-se como "um treinador ambicioso e que detesta perder".
Paulo Alves asseverou "estar de corpo e alma, de uma forma muito séria, naquilo que são as ambições do clube", todavia, mostrou-se consciente das "limitações do clube", mantendo "o objetivo de fazer o melhor possível, numa liga muito competitiva, onde nem sempre as equipas que melhor se apetrecham, alcançam os melhores resultados".
Como tal, o União terá de ser "muito criterioso na formação do plantel", para no fim "poderem ser feitas contas boas ".
O novo técnico mostrou-se ainda satisfeito com as condições que veio encontrar, "ótimas para trabalhar" e "onde nada falta".
Por seu turno, o presidente do União da Madeira, Filipe Silva, afirmou que a escolha recaiu em Paulo Alves pela sua "reconhecida capacidade de liderança e pela sua experiência de I e II Liga", aliada "ao seu passado futebolístico de excelência, tendo sido campeão do mundo de sub-20, na Arábia Saudita".
Além disso, o antigo avançado esteve já como treinador ligado a uma "subida de divisão com o Gil Vicente" à I Liga, num perfil desejado pelo clube madeirense.
O presidente do clube insular deseja que haja "um olhar diferente para formação do clube, potenciando jovens com talento, de preferência madeirenses".
Filipe Silva diz "estar consciente das limitações orçamentais, mas tem de fazer uma equipa competitiva", no intuito de "ganhar o máximo de jogos possíveis neste campeonato".
O líder insular ressalvou que "o União não tem o poderio económico de outros clubes", fazendo da "sua estrutura e do empenhamento dos seus jogadores as suas armas, para poder contrariar aqueles com outro poderio financeiro".
Filipe Silva disse ainda "que o União é a única equipa que paga para jogar num estádio na Madeira", não recebendo também, "ao contrário de todos os outros clubes da região, um cêntimo de apoio para a sua formação", o que "cria desigualdades e retira capacidade competitiva" ao clube.
A outro nível, Filipe Silva disse que o clube apresentou uma proposta à Liga Portuguesa de Futebol para uma restruturação do quadro competitivo, de molde a que possam três equipas subir à I Liga, seja de forma direta, seja através de uma liguilha, pois "a diferença de receita entre a I Liga e a II é brutal".
Paulo Alves também disse que "é muito injusto que subam só duas equipas à I Liga", mostrando-se adepto do modelo inglês, o que "ainda tornaria a II Liga mais competitiva".
O União da Madeira foi hoje certificado pela Federação Portuguesa de Futebol como entidade formadora, o que possibilitará ao clube fazer contratos de formação com os seus jovens atletas, que dará outras garantias para o futuro.
Paulo Alves terá como treinador adjunto José Viterbo, que acumulará com as funções de Coordenador da Formação e treinador da equipa B, como preparador físico Ricardo Vaz e como treinador de guarda-redes Bruno Freitas, que transita da equipa técnica anterior.
Os trabalhos têm inicio previsto para 28 ou 29 de junho, num plantel que terá entre 25 a 26 jogadores, estando prevista a integração de jogadores da equipa B no grupo de trabalho.
O União da Madeira foi na época transata o terceiro classificado na II Liga portuguesa de futebol, tendo começado a temporada sob a orientação de Filipe Rocha, mais conhecido por Filó, que foi substituído em janeiro por Jorge Casquilha.
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