O presidente do Santa Clara considera o corte de 15 por cento nos apoios do Governo Regional dos Açores «um rude golpe», pois o clube vai receber menos 250 mil euros do que o ano passado.
«Compreendemos perfeitamente o que aconteceu, tendo em conta a incerteza económica, da qual a sociedade açoriana não pode fugir, mas não deixa de ser um rude golpe no nosso orçamento», disse Mário Batista, em conferência de imprensa.
O presidente foi claro: «Se há algum tempo a esta parte não tivéssemos aplicado no terreno uma série de acções preventivas e de reestruturação financeira no clube se calhar o impacto seria muito mais negativo».
O Santa Clara vai receber no âmbito do contrato-programa celebrado com o Governo Regional dos Açores um milhão, oitocentos e setenta mil euros e para o presidente do clube a estratégia vai passar por acelerar outras acções por força do corte de 15 por cento nas verbas.
«Vamos ter de ser criativos e procurar que haja ajustes onde entendemos que existem algumas gorduras, para que esse impacto possa ser diluído na próxima época desportiva», disse.
O presidente do clube de Ponta Delgada já aguardava alguma redução nas verbas transferidas pelo Governo Regional, tendo em conta a situação económica do país, mas o dirigente admite que «não esperava que o corte atingisse os 15 por cento» e espera que não influencie a qualidade do plantel da próxima época.
«Vamos equacionar o novo quadro orçamental para ver se o plantel não é excessivamente penalizado, porque a gestão financeira não pode ficar dissociada disso. Não podemos ter um plantel que não seja ambicioso e tenha as competências para que o Santa clara continue a ser um grande da Liga de Honra», avançou Mário Batista.
O Santa Clara recebe domingo o Desportivo das Aves, para a 28.ª jornada da Liga de Honra em futebol, com a segunda vitória consecutiva na mira, depois de na última jornada ter vencido ao Fátima por 2-1.
Confrontado com as intenções do adversário subir à Liga, o treinador Bruno Moura está ciente das mais-valias do adversário, mas espera que o Santa Clara volte às vitórias em casa.
«O Aves pode subir e matematicamente ainda é possível, mas não acredito. De qualquer forma, não estou minimamente preocupado com as ambições do nosso adversário, mas com as nossas. Queremos fazer mais e melhor e se possível alcançar quatro vitórias consecutivas», disse o técnico.
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