O presidente da Comissão administrativa do Trofense, José Leitão, adiantou hoje, em Assembleia-Geral, que há um grupo de investidores internacionais preparados para investir num projeto de subida de divisão em cinco anos.
O anúncio, perante cerca de duas centenas de associados, adiou mesmo para a próxima sexta-feira a discussão e votação das contas do clube e análise da demissão do líder do clube, José Leitão.
O dirigente adiantou que «representantes de nacionalidade espanhola, de uma empresa árabe, com sede na Suíça, se apresentaram na Trofa para investir no Trofense». Face a este novo dado, José Leitão, que estava «demissionário» desde 17 de janeiro, quando evocou «falta de condições de gestão», decidiu permanecer como presidente para poder «negociar» as intenções deste grupo internacional.
«A acontecer, o que posso dizer é que saiu o Euromilhões ao Trofense. Eles prometem investir no Trofense num prazo de cinco anos com um projeto que vai desde as camadas jovens ao futebol sénior. Prometem pôr o Trofense na I Liga e comprar a dívida do clube [avaliada em um milhão de euros, sendo que o antigo presidente do clube, Rui Silva, terá perdoada cerca de quatro milhões de investimento pessoal da sua família]», disse o dirigente.
Questionado sobre que contrapartidas pediu o grupo internacional, José Leitão garantiu que apenas querem «investir em Portugal por uma questão de prestigio» e que «não vão mexer no património do clube», tendo, a concretizar-se o negócio, «total carta branca para mexer no clube a nível desportivo».
«Existe a hipótese de fazer uma SAD, é o que posso adiantar. Mas o resto serão eles a revelar se continuarem interessados depois desta reunião. Tenho quase 90 por cento de certeza que vamos salvar o clube», disse José Leitão.
Segundo o presidente da comissão Administrativa da equipa da Trofa, este grupo de investidores tem sido «cobiçado» por outros clubes da Liga de Honra que também se encontram a passar dificuldades.
José Leitão garantiu que, havendo negócio, «a identidade do Trofense se mantém» e os jogadores atuais também, aliás, o dirigente lembrou que «só haverá investimento se o clube garantir a manutenção».
«Claro que isto é gente que não quer investir em clubes da B, por isso temos de encorajar os homens que temos a lutar por se manter e a acreditar num projeto de subida», referiu, referindo-se à equipa sénior de futebol que, ao que foi tornado público, estão em dívida cerca de mês e meio de salários.
Sobre «reforços de inverno», o presidente adiantou que poderão chegar dois ainda ao abrigo da gestão da atual comissão administrativa mas tendo em vista o reforço de projeto de manutenção para cativar os investidores.
Ficou agendada para 3 de fevereiro nova reunião com os associados para discussão das contas e porque a direção acredita ter, dentro de uma semana, «dados mais concretos» sobre o investimento que «poderá salvar o clube do fecho de portas».
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