O antigo internacional angolano Joaquim Dinis “Brica N'areia” aconselhou esta sexta-feira, em Luanda, a seleção angolana a ter outra postura em campo para alcançar um resultado positivo no terreno da similar sul-africana, no jogo da segunda-mão de qualificação ao Mundial2018.
Ao avaliar a derrota dos Palancas Negras pelos Bafana Bafana, por 1-3, em partida da primeira-mão disputada no estádio de Ombaka (Benguela), o ex-craque referiu à Angop, que apesar dos caseiros não terem conseguido assegurar a vantagem inicial, devem encarar o próximo desafio psicologicamente moralizados e lutarem até ao apito final.
“Quando se perde o jogo em casa com resultado volumoso fica extremamente complicado enfrentar o adversário no seu próprio reduto. Não tivemos a capacidade de assegurar o jogo, principalmente no sector defensivo. Mas, devemos nos moralizar e encarar o jogo de forma positiva, que tudo ainda é possível, desde que possamos dar o máximo no terreno do adversário”, disse.
Além de reconhecer que a África do Sul possui uma equipa forte e muito bem estruturada, Brica N'areia acrescentou que o coletivo angolano deverá recuperar-se de todas as sequelas psicológicas e físicas e não ter receio de encarar o jogo de resposta com determinação em conseguir a reviravolta, na medida em que no futebol tudo é possível.
“Angola sempre lutou para ganhar em casa e o espírito que se deve cultivar é ter uma defesa forte, que sirva de municiador de outros sectores em campo. Neste momento, a situação é difícil, mas vamos encarar o jogo com responsabilidade e pensar que tudo ainda é possível”, frisou.
No jogo desta sexta-feira, os angolanos adiantaram-se no marcador aos dois minutos por Gelson, mas os sul-africanos deram a volta ao resultado com golos aos 14 (Rantie), 20 (Gabuza) e 80 (Jali, penalti).
O segundo encontro está marcado para a próxima terça-feira na cidade de Durban (África do Sul).
O vencedor desta eliminatória apura-se para a fase de grupos de apuramento ao próximo campeonato do mundo de futebol, a disputar-se em 2018 na Federação Russa.
Joaquim Diniz regressou a Angola em 1976, depois de se notabilizar no Sporting de Portugal e na seleção daquele país, passando pelos Palancas Negras, e terminou a carreira ao serviço do 1º de Agosto, clube com o qual conquistou um título nacional como atleta e outro como treinador.
Comentários