Roberto Martínez concedeu uma entrevista ao jornal O Jogo, em que abordou diversos temas relacionados com a Seleção Nacional, nomeadamente uma conversa que teve com o seu antecessor, Fernando Santos.
"Gostei muito de conversar com ele [Fernando Santos]. Trata-se de uma pessoa do futebol e entendemo-nos muito bem a falar do futebol em geral, do futebol internacional. Ele ganhou o Euro’2016, é um treinador com muita experiência, falámos em geral do futebol português. Não falámos especificamente sobre algum jogador. Conversámos sobre o sentimento dos adeptos em relação à Seleção", referiu.
No seguimento da polémica entre Cristiano Ronaldo e Fernando Santos, ainda no decorrer do Mundial 2022, Roberto Martínez garante que não sentiu dificuldades em integrar o capitão.
"Para mim foi um prazer chegar ao balneário e ter todos os jogadores preparados para receber o que eu tinha para dar para que eles fizessem parte do grupo. Eu vi o Cristiano feliz, num momento importante, está a desfrutar o papel que tem no seu clube e o compromisso foi total", afirmou.
O atual selecionador de Portugal assumiu ainda ter uma relação "aberta" com Roger Schmidt, Sérgio Conceição e Rúben Amorim, treinadores de Benfica, FC Porto e Sporting, respetivamente.
"Conheço a exigência do dia a dia, a dificuldade e a falta de foco quando os jogadores pensam na seleção. Eu tenho uma relação de muito respeito com os treinadores. Gostaria de falar com eles todas as semanas e de ter informação importante para mim. Tenho uma relação aberta com eles, mas não falo tudo o que gostaria de falar com eles, porque eu conheço totalmente a exigência do dia a dia. Também fui treinador de clubes na Premier League. A relação com os treinadores é respeitosa e aberta", atirou.
Rúben Amorim, de resto, já fez alguns reparos às escolhas do selecionador Roberto Martínez, algo que o treinador espanhol encara com naturalidade.
"Gosto de ser uma pessoa aberta e posso explicar por que razão um jogador não entra na seleção. Nós temos um processo muito claro de acompanhamento e a escolha tem um sentido. Quando eu era treinador, gostava de defender e apoiar os meus jogadores de forma pública. Era uma forma de lhes dar confiança, mas na altura não acompanhava os outros jogadores que atuavam nas posições dos meus atletas. O Pedro Gonçalves é um jogador com azar. A concorrência pela sua posição é muito alta", destacou.
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