O Comité Olímpico Italiano (CONI) decidiu hoje suspender o castigo de subtração de 15 pontos à Juventus na Liga italiana, por alegadas irregularidades financeiras na transferência de futebolistas, considerando que o caso deve ser reavaliado.
Assim, a ‘Juve’, que hoje defronta o Sporting, no Estádio José Alvalade, na segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, recupera, provisoriamente, os 15 pontos retirados em 20 de janeiro, pelo que saltará do sétimo para o terceiro posto da Serie A, com 59 pontos, ficando a dois da segunda colocada, Lazio, e a 16 do líder Nápoles.
A devolução dos 15 pontos permite a equipa de Maximilino Allegri ultrapassar Roma, Milan, Inter de Milão e Atalanta e colocar-se num lugar de acesso à Champions em 2023/24.
Na quarta-feira, o Colégio de Garantias do CONI, órgão independente que é o terceiro e último nível da justiça desportiva italiana, decidiu adiar para hoje o veredicto sobre o recurso apresentado pelo emblema de Turim, de um processo sobre ganhos de capital que tem como base a suspeita do valor das transferências de jogadores, que teria sido inflacionado com o objetivo de aumentar as receitas do clube.
A Juventus, que ainda não se pronunciou sobre a decisão, irá aguardar novo julgamento do Tribunal de Recurso da Federação Italiana de Futebol (FIGC).
Em 2022, a Juventus tinha sido absolvida neste caso, juntamente com outros clubes, mas o tribunal federal de recurso da FIGC aceitou o pedido para reabrir o processo, devido a elementos transmitidos pela justiça italiana, que também está a investigar as contas da ‘vecchia signora’.
Em 30 de janeiro, o Tribunal de Recurso da federação transalpina justificou a sanção à Juventus por esta ter aumentado o valor de mercado dos seus jogadores para obter mais benefícios com a sua posterior venda.
Este expediente a que supostamente o clube de Turim recorreu é gerador de uma mais-valia fictícia que permitiu à entidade equilibrar os seus balanços durante pelo menos três anos (2019, 2020 e 2021), reduzir prejuízos, não recapitalizar e fortalecer a equipa ao não ver o limite salarial diminuir.
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